Os presidentes do PSDB, PFL e PPS vão pedir amanhã que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investigue as pessoas acusadas de tentar abafar as investigações sobre a origem dos R$ 1,7 milhão que seriam usados por pessoas ligadas ao PT para comprar, às vésperas do primeiro turno, um dossiê contra candidatos tucanos.
O pedido será anexado à investigação judicial já aberta pelo TSE para apurar se houve crime eleitoral na compra dos documentos. Um dos acusados de participação na “operação abafa” é o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
Segundo reportagem publicada na revista Veja desta semana, o ministro orientou a postura de envolvidos no episódio – entre eles o ex-assessor especial da Presidência Freud Godoy – para evitar que o escândalo atingisse a candidatura do presidente Lula à reeleição.
“Pedimos não só que sejam investigados todos os envolvidos, desde o delegado que foi afastado, ao carcereiro e os delegados que estavam de plantão, como o envolvimento do ministro da Justiça servindo de intermediário de toda essa artimanha que foi colocada para blindar o senhor Freud”, disse o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissatti (CE).
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Em entrevista ao Jornal Nacional desta segunda-feira, Bastos defendeu-se das acusações e afirmou que a Polícia Federal está agindo no caso do dossiê "com a mesma isenção das 300 operações feitas pela PF nos últimos quatro anos”.
Os três partidos vão pedir também que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Congresso acompanhem o trabalho da PF para garantir a isenção das investigações. “Vamos visitar a OAB amanhã para que acompanhe todas as investigações do dossiegate. Temos a informação que [a origem dos R$ 1,7 milhão] é claramente sabida, mas que está sendo protelada por orientação do governo”, disse Tasso.
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