Deputados e Senadores favoráveis ao afastamento do presidente do Senado (e do Congresso Nacional), Renan Calheiros (PMDB-AL), prometem realizar um ato de protesto contra ele no dia da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A votação vai ocorrer até o próximo dia 17, quando está previsto o início do recesso parlamentar. Se não houver votação, os congressistas não entram em férias, tendo em vista que é a LDO que define as metas da administração pública.
“A expectativa é que ele tenha o bom senso de não presidir. Não aceitamos ele como presidente do Congresso, pelo menos até que tudo seja esclarecido. Ele pode ser presidente do Senado, mas do Congresso ele não é mais”, disse o líder do Psol na Câmara, Chico Alencar (RJ).
A legenda foi a responsável pela representação contra Renan por quebra de decoro parlamentar. Suspeita-se que o senador alagoano teve algumas despesas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, lobista da construtora Mendes Júnior. Entre as despesas que teriam sido pagas, está a pensão alimentícia de uma filha que Renan tem com a jornalista Mônica Veloso, fruto de uma relação extraconjugal.
Leia também
Se Renan Calheiros não presidir a sessão, o vice-presidente do Congresso, o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), deve conduzir a votação. Nárcio também ocupa a primeira vice-presidência da Câmara.
Permanência
Renan Calheiros já afirmou diversas vezes que, apesar do processo que corre contra ele no Conselho de Ética, ele permanecerá à frente do Congresso.
Ontem, ao chegar a seu gabinete, o parlamentar alagoano atribuiu a crise em torno do seu nome a “setores da mídia” que “perderam a guerra com o presidente Lula” nas últimas eleições e que agora “querem um terceiro turno”. Segundo Renan, a crise pela qual passa o Senado é “artificial”. (leia mais) (Lucas Ferraz)
Deixe um comentário