A visita que um grupo de parlamentares fez nesta quarta-feira (8) ao Banco Central não mudou a posição dos oposicionistas em relação à proposta que cria o Fundo Soberano. O líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC), afirmou há pouco que os oposicionistas vão apoiar a medida provisória de auxílio aos pequenos bancos (leia mais). Contudo, a oposição quer que o governo retire a urgência do projeto que cria o Fundo Soberano (uma espécie de reserva financeira para o país), para interromper a obstrução das votações na Câmara.
“O Fundo Soberano é um exagero do governo”, argumentou o deputado catarinense, acrescentando que ajustes poderão que ser feitos na medida provisória de socorro aos pequenos bancos.
Coruja explicou que ao questionar o presidente do Banco Central a respeito da duração dessa crise, Henrique Meirelles (presidente da instituição) respondeu que o FMI (Fundo Monetário Internacional) avalia que a crise está chegando ao meio de sua duração. “Essa crise vai ter impacto na economia real”, afirmou o congressista.
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“Tiro no pé”
Por sua vez, o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), destaca que a posição dos oposicionistas é um “tiro no pé”. “Tudo o que o Brasil não precisa nesse momento é a obstrução do parlamento”, afirmou Fontana ao Congresso em Foco.
“Não compreendo o que a oposição tem contra o Fundo Soberano. Só vejo vantagens”, complementou o petista, explicando que os recursos desse fundo poderiam ser usados para financiar exportações brasileiras.
Os líderes partidários terão uma reunião logo mais, às 15h30, para discutir a pauta da Câmara. Atualmente, três medidas provisórias e dois projetos de lei com urgência constitucional (entre eles o que cria o Fundo Soberano) trancam a pauta da Casa. (Rodolfo Torres)
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