A oposição não conseguiu incluir na pauta do plenário o requerimento apresentado ontem pelo PSDB que convoca o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a depor na Casa. O governo reuniu maioria e derrotou o pedido dos oposicionistas para que a matéria entrasse em discussão logo após a votação das medidas provisórias.
A convocação entra agora numa fila cujo andamento é ditado pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). O requerimento do líder do PSDB, deputado Jutahy Magalhães (BA), se baseia em notícia publicada pela Folha de S.Paulo no último dia 12.
Na reportagem, o empresário Ivo Morganti afirma ter pago US$ 4 milhões relativos a honorários de Bastos, por um serviço prestado em 1993, em uma conta aberta pelo ministro no exterior. O ministro, porém, nega ter recebido o dinheiro.
Ainda ontem, Jutahy encaminhou ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, um requerimento para que a denúncia seja apurada. Segundo o tucano, o caso foi encerrado em 2004 “sem que os procedimentos básicos de uma apuração de crime financeiro” fossem levados em conta. A PF é subordinada ao Ministério da Justiça.
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O líder do PT, deputado Henrique Fontana (RS), disse que o requerimento é uma tentativa de retaliar o ministro, em razão de um laudo da Polícia Federal que atesta a autenticidade da chamada lista de Furnas. O documento aponta nomes de políticos da oposição que teriam recebido dinheiro ilegalmente da estatal.
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