“O objetivo da candidatura é defender a independência do Legislativo”, disse Delgado. De acordo com o pessebista, sua candidatura vai buscar “fazer diferente” no comando da Casa, buscando a valorização do Legislativo sem usar as promessas feitas com frequência pelos candidatos. Entre elas, a construção do Anexo 5 da Câmara e a cobertura de eventos dos parlamentares nos estados pela TV Câmara. “A Câmara vai ter uma candidatura que vai fazer diferente”, afirmou.
Ao contrário de Eduardo Cunha e Chinaglia, o deputado mineiro não fez um ato formal para lançar sua candidatura. A confirmação ocorreu durante uma entrevista coletiva na sala da liderança do PSDB. Estavam presentes deputados e presidentes dos partidos. Entre eles Carlos Siqueira (PSB) e Roberto Freire (PPS), além de 15 parlamentares tucanos. Juntos, os quatro partidos terão 106 deputados na próxima legislatura. “Eu começo este ano muito melhor que em 2013”, disse Delgado.
Na última eleição, ele recebeu o apoio apenas do seu próprio partido e conseguiu 165 votos. Na oportunidade, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) venceu no primeiro turno. Agora, com o líder do PMDB e o atual vice-presidente, ele acredita que haverá segundo turno. Para chegar lá, pretende viajar aos estados e investir nos deputados dissidentes nos que chegam para a próxima legislatura. “Nós não vamos desistir do Parlamento brasileiro”, afirmou, parafraseando a frase dita por Eduardo Campos (PSB) durante entrevista no Jornal Nacional um dia antes de morrer no acidente de avião em Santos (SP).
Apesar dos outros candidatos à presidência – Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP) – também usarem o mesmo discurso, o pessebista tenta se diferenciar dos outros ao dizer que não está vinculado ao Palácio do Planalto. É uma referência ao fato de PT e PMDB terem repetido a aliança presidencial com Dilma Rousseff e Michel Temer. “PT e PMDB continuam nesta velha contenda, mas eles são sócios majoritários”, disse o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS). “É uma aliança natural, especialmente depois da sucessão presidencial”, completou o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA).
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