Depois da sessão tumultuada no Senado, na última madrugada, a oposição decide agora à tarde se mantém ou não o acordo feito ontem com os governistas para votar nesta tarde (12) a proposta orçamentária de 2008.
Manobra do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para apressar a votação da TV pública irritou os oposicionistas e provocou a retirada das bancadas do DEM e PSDB do plenário. A medida provisória (MP) que criou a TV Brasil foi aprovada apenas com os votos dos governistas (leia mais).
Em meio ao embate, a oposição prometeu obstruir as próximas deliberações na Casa. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse ao Congresso em Foco que a tendência dos oposicionistas é dificultar a votação do orçamento. “Não há mais compromisso. A oposição não vai mais facilitar”, disse o tucano.
Apesar disso, o senador acredita que os governistas têm maioria para aprovar a matéria e que são remotas as chances de uma manobra regimental protelar a votação. “O regimento tem sido uma peça de decoração”, concluiu Dias.
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O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), diz não acreditar que a oposição irá realmente romper o acordo feito ontem. “Nós temos um acordo, temos uma palavra dada. Nossa primeira preocupação é votar o orçamento em clima de harmonia. O orçamento é uma necessidade real do país”, afirmou o petista.
A líder do bloco de apoio ao governo, Ideli Salvatti (PT-SC), afirmou que os governistas estão preparados para aprovar o orçamento, mesmo sem os votos da oposição.
O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), deve se reunir com a bancada da Câmara e do Senado para decidir qual será a atitude que o partido irá tomar após a tumultuada sessão no plenário da Casa. A bancada do PSDB também se reúne às 14h, para decidir qual será a orientação da sigla na votação desta tarde. (Tatiana Damasceno)
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