A Polícia Federal (PF) está em fase de conclusão dos inquéritos relacionados à eventual participação do ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu no esquema de desvios de recursos da Petrobras, no âmbito da operação Lava Jato. A informação é do jornal Correio Braziliense.
Extratos bancários obtidos junto a investigados da força-tarefa da Lava Jato revelaram que a JD Consultoria, empresa de Dirceu, faturou R$ 29,2 milhões com a prestação de serviços de prospecção de negócios fora do país, principalmente em países como Cuba e Peru, onde o governo mantém parcerias e grandes negócios. Somente em 2013, quando Dirceu já estava cumprindo pena em regime semiaberto no Complexo Penitenciário da Papula, como sentenciado do mensalão, a JD Consultoria faturou R$ 4,1 milhões. Na lista de clientes dele estão empresas como OAS, UTC, Engevix, Galvão Engenharia, Camargo Corrêa, todas alvos da operação.
Na atual fase da investigação, o delegado Igor de Paula informou que não existem motivos para se pedir a prisão preventiva de Dirceu, no entanto, a PF ainda não encontrou provas de que os serviços prestados pela JD Consultoria de fato foram prestados. “É um inquérito que não vai demorar muito para acabar, não”, afirmou o delegado ao Correio.
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