Em entrevista publicada ontem pelo jornal O Globo, o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, chorou ao falar das tentativas feitas pela CPI dos Bingos de quebrar seus sigilos fiscal e bancário, todas elas frustradas por não terem sido acatadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Não há dificuldades de a CPI obter informações do meu sigilo. Só que o processo está errado.(…) Sabe o que acontece? Eu tenho uma trajetória de luta contra isso. Na época das greves, você era detido e o cara te ameaçava: ‘Você aí, cala a boca, fica aí, quietinho de pé, ou vai ficar preso'”.
Acessar os dados bancários do presidente de Okamotto se transformou em uma das prioridades da CPI dos Bingos desde que ele admitiu, ainda no ano passado, ter sido o responsável pela quitação de uma dívida que o presidente Lula tinha com o PT. “Eu tenho salário para fazer isso”, disse o presidente do Sebrae, em entrevista a Soraya Aggege, ao ressaltar que recebe “uns R$ 30 mil brutos por mês”.
Paulo Okamotto também falou sobre sua amizade com Lula: “Eu sempre admirei muito a postura dele, as coisas que ele falava. E sempre o acompanhava. Fui conhecendo mais o Lula pessoa. A gente fazia o PT, fui fundador, dirigente, ajudamos a construir a CUT. E muitos dos nossos companheiros preferiram ir para a CUT e eu quis mais o PT, com o Lula. Acompanhei Lula em todas as suas candidaturas”. Segundo Okamotto, “há uma maldição dos tesoureiros. Depois do Collor e do PC Farias, ficou uma maldição”.
Leia também
Deixe um comentário