Mário Coelho
O pedido de impeachment do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), será discutido pelos conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Distrito Federal (OAB-DF), na próxima quinta-feira (3). Na sexta-feira (27) passada, a OAB havia anunciado que analisaria o inquérito da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Nesta segunda-feira (30), ficou decidido que o caso irá para análise dos conselheiros.
Na tarde de hoje, um conselheiro será designado como relator do inquérito. A partir da análise do caso, ele dará sua posição aos conselheiros da OAB-DF. Se for aprovado, o pedido de impeachment será documentado no dia seguinte na Câmara Legislativa do DF. “Há duas formas para se fazer o pedido de afastamento. O primeiro é via judicial, o que já está sendo feito tanto pelo Poder Judiciário quanto pelo Ministério Público, e o segundo é pela via política, que envolve o Legislativo local”, explicou o presidente da OAB nacional, Cezar Britto, em entrevista coletiva, segundo a Agência Brasil.
“À OAB cabe atuar no campo político, mobilizando entidades e população a demonstrar indignação para cobrar ações do Legislativo local”, disse Britto. “Não há maioria maior do que a cidadania. Quando a população se mobiliza consegue reverter o que parece impossível. Nossa esperança é que os parlamentares se curvem diante da soberania do povo”, argumentou Britto em referência ao fato de o governador deter maioria na bancada da Câmara Legislativa.
Arruda e Paulo Octávio são dois dos investigados pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora. A operação investiga um esquema de corrupção, fraude em licitações, crimes financeiros e outros crimes praticados por representantes do governo do DF e deputados distritais. Em nota divulgada ontem, os dois alegaram que são “vítimas” de uma armação política. Vídeos anexados aos autos mostram o governador, secretários e deputados distritais embolsando dinheiro.
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