O presidente Lula foi apontado como o melhor presidente brasileiro da história por uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisa Datafolha. De acordo com a pesquisa, feita para o jornal Folha de S. Paulo, 35% dos entrevistados apontaram Lula, espontaneamente, como o melhor presidente que o Brasil já teve.
O percentual obtido por Lula é quase o dobro do registrado por Fernando Henrique Cardoso na pesquisa feita ao final de seu segundo mandato, em 2002 (18%).
Na pesquisa atual, realizada em 13 de dezembro deste ano, o tucano foi considerado o melhor presidente por 12% dos entrevistados. Getúlio Vargas aparece em terceiro lugar, com 14% das indicações, seguido por José Sarney, com 11%.
A pesquisa também revela que 52% consideram o atual governo como ótimo ou bom. Para o segundo mandato, 59% esperam que Lula faça um governo com a mesma avaliação. No entanto, apesar da alta na comparação com o momento atual, a expectativa aponta queda na comparação com o período antes do primeiro mandato, quando 76% dos brasileiros esperavam um governo ótimo/bom de Lula.
O desemprego, de acordo com a pesquisa, permanece no topo das preocupações dos brasileiros. Entretanto, caiu de 31% no início de 2003 para 27% agora. O índice chegou a 49% em março de 2004.
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Entre outros problemas apontados pelos brasileiros estão a qualidade da saúde (6% apontavam como problema em 2003, contra 17% agora), da educação (subiu de 4% para 9%) e à existência de corrupção no governo (2% para 6%, o maior percentual do primeiro mandato).
Também de forma espontânea, a saúde é avaliada como a área de pior desempenho no primeiro mandato de Lula. Subiu de 4% para 18% o total de entrevistados que avaliam mal a área entre 2003 e 2006.
Por sua vez, o combate à corrupção teve o pior desempenho para 8% na pesquisa realizada na semana passada. No início do governo Lula, era 1%.
A pesquisa Datafolha, feita no dia 13 de dezembro ouviu 2.178 brasileiros em 111 municípios de 23 estados e do Distrito Federal, e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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Diretório paulista do PT avalia eleições e deste ano
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), candidato derrotado ao governo de São Paulo nas eleições deste ano, fez ontem (16) um breve discurso em um evento do PT que tinha como propósito a análise da eleição deste ano em São Paulo.
De acordo com reportagem de José Alberto Bombig , da Folha de São Paulo, o petista causou constrangimentos aos presentes ontem ao não assumir os erros cometidos por seu ex-assessor Hamilton Lacerda no caso do dossiê contra tucanos.
Lacerda foi assessor de Mercadante na sua campanha ao governo paulista, teve seu indiciamento pedido pela CPI dos Sanguessugas e está sendo investigado pela Polícia Federal.
No discurso. Mercadante preferiu ressaltar sua votação (6,8 milhões de votos) e enumerar as dificuldades que enfrentou, como, segundo ele, a pouca capilaridade do PT no interior de São Paulo.
Em relação ao dossiê, o senador petista disse que o caso foi decisivo para atrapalhar o partido em todas as esferas. “Mas eu acho que há outras questões", concluiu.
Dos dez textos apresentados no encontro, ao menos sete faziam pesadas críticas ao episódio do dossiê, ao comando da campanha de Mercadante e ao Diretório Estadual do PT.
A ex-prefeita Marta Suplicy foi mais enfática ao comentar o episódio. De acordo com Marta, "graves desvios éticos foram cometidos por alguns companheiros". No entanto, a petista ressaltou a união do partido para a vitória do presidente Lula. “Nós conseguimos manter no meio dessa desgraceira toda a nossa unidade", disse.
O encontro petista também aprovou uma resolução "conclamando" o partido no estado a fazer oposição ao governador eleito José Serra (PSDB). Mercadante deixou a reunião do Diretório Estadual do PT sem atender aos jornalistas.
Valdebran é acusado de participar de caixa dois em MT
O empresário Valdebran Padilha, preso em setembro deste ano em um hotel de São Paulo com parte de R$ 1,7 milhão que seria utilizado para comprar um dossiê contra políticos do PSDB, é acusado por uma ação trabalhista e um inquérito policial na prática de caixa dois na campanha eleitoral em 2004 do secretário-geral do PT de Mato Grosso, Alexandre Luís César. O petista disputou a prefeitura de Cuiabá (MT).
De acordo com reportagem de Hudson Corrêa, da Agência Folha, com base no inquérito e na ação trabalhista, o Ministério Público Federal vai denunciar Alexandre Luís por fraude na prestação de contas eleitorais. A denúncia deve ser protocolada no início da próxima semana.
A PF aponta que secretário-geral deixou de declarar gastos de R$ 2.855,804,29, registrando despesa de R$ 2.126.463,89.
Alexandre Luís afirmou ontem (16) que houve confusão nas contabilidades da despesa eleitoral e de uma campanha do partido, feita antes das eleições de 2004, chamada "O PT Quer Ouvir Você".
Os valores não-declarados à Justiça Eleitoral correspondem, de acordo com o secretário-geral da legenda, à campanha do partido, e não a seus gastos nas disputas eleições. Alexandre Luís afirma que o empresário Valdebran Padilha atuou em sua campanha na arrecadação de recursos, mas não assumiu em nenhum momento a função de tesoureiro.
Se comprovada, a fraude está prevista no Código Eleitoral com pena de reclusão de até cinco anos.
Temer quer rediscutir aumento dos parlamentares
O deputado Michel Temer (SP), presidente nacional do PMDB, informou hoje (17) que vai propor que se rediscuta o aumento de 90,7% aprovado na última quinta-feira (14) para o salário dos parlamentares. O peemedebista argumentou que o aumento teve repercussão muito negativa, o que, segundo ele, não é bom nem para o Congresso Nacional e nem para o país.
Presidência da Câmara
Temer confirmou que o PMDB decidirá na próxima quarta-feira (20), em reunião de bancada, se vai ou não indicar um nome para a disputar da presidência da Câmara dos Deputados.
O deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi citado por Temer como o nome mais forte para o cargo. O presidente do PMDB voltou a negar que o partido já tenha recebido algum convite formal para ocupar cargos no segundo mandato do presidente Lula.
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