O PFL escolheu ontem o senador José Jorge (PE) para ser vice na chapa de Geraldo Alckmin à Presidência da República. Jorge derrotou o líder do partido no Senado, José Agripino Maia (RN), o preferido do tucano, numa espécie de prévia, realizada na presidência do partido em Brasília. O placar foi apertado: 51 a 45.
Foram consultados membros da sigla entre as bancadas da Câmara e do Senado, os governadores e vices, membros da Executiva Nacional e prefeitos de capitais. A decisão ainda tem de ser referendada em convenção nacional, marcada para 14 de junho.
Após o anúncio do resultado, Alckmin telefonou para Agripino, disse esperar "contar com o apoio dele na campanha e no governo". O potiguar não escondeu a decepção com o resultado, mas disse que irá trabalhar pela chapa entre os dois partidos. "Eu tinha as minhas contas, mas muitas pessoas mudaram de opinião", disse.
Já o escolhido afirmou que trabalhará para desatar os últimos nós que ainda emperram a aliança entre o PSDB e o PFL em alguns estados e que montará "pontos de apoio" para que Alckmin possa crescer no Nordeste. "Vou cumprir o papel que o presidente (Alckmin) escolher", declarou.
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Até o mês passado, José Jorge era líder da oposição no Senado. Ligado ao presidente do partido, Jorge Bornhausen (SC), foi ministro de Minas e Energia no governo FHC durante a crise do apagão. "Eu fui o ministro que salvou o Brasil do apagão. Para se instalar uma crise energética são necessários quatro anos", desconversou.
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