Roseann Kennedy*
Silêncio mantido e articulações em frentes distintas. A presidente eleita, Dilma Rousseff, mantém o jejum em relação à imprensa. Expõe que na negociação política adota um modo mineiro de agir.
Calada, sem se expor, fazendo movimentos que às vezes permitem entendimentos variados. Como na cara de sua equipe. Às vezes, parece que vai repetir todos os passos do presidente Lula. Noutros momentos, que vai impor sua cara ao grupo.
Depois de ter formalizado a equipe econômica, a presidente eleita, Dilma Rousseff, deve anunciar nos próximos dias os integrantes do seu núcleo político.
A negociação das demais pastas, que incluem negociação mais ampla com os partidos aliados, virá na sequência. De acordo com a assessoria da equipe de transição, até 15 de dezembro todo o Governo Dilma já terá sido anunciado.
Dilma Rousseff não vai mais para Georgetown, capital da Guiana, para participar de jantar oferecido pela Unasul em homenagem ao presidente Lula. Uma decisão estratégica para concluir a composição de sua equipe.
A presidente eleita optou por prestigiar a reunião do Mercosul que reúne os presidentes sul-americanos mais próximos do Brasil, em Foz do Iguaçu. Ela viajará para este encontro no dia 16.
Uma decisão que merece atenção sobre o interesse de Dilma em dar atenção ao bloco e em manter relações próximas com os presidentes Fernando Lugo (Paraguai), José Mujica (Uruguai) e Cristina Kirchner (Argentina), reforçando a posição do Brasil na América Latina.
O Governo Lula deu foco nas relações internacionais latinoamericanas, frente que começa a ser articulada também por Dilma.
*Roseann Kennedy é comentarista política da CBN e escreve esta coluna exclusiva para o Congresso em Foco
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