Além de ser lembrada como a data da aprovação do segundo impeachment em menos de 25 anos, esta quarta-feira, 31 de agosto, já entrou para a história como o dia em que o Brasil teve três presidentes. Pela manhã, a República era governada por Michel Temer, interino no cargo e chefe do governo e naquele momento interino. Mas também ainda era chefe de estado a presidente afastada Dilma Rousseff, julgada em processo de impeachment.
No final da tarde o Senado aprovou o afastamento definitivo de Dilma e o Congresso empossou Temer que, a partir daquele momento, também passou a ser chefe de Estado. Depois de uma posse relâmpago no Congresso, Temer fez uma igualmente urgente reunião ministerial para as primeiras orientações aos auxiliares diretos. Falou, em linhas gerais, o que pretende fazer como presidente de fato e de direito e lembrou as dificuldades que terá que enfrentar na economia e na política. Foi como um almoço executivo.
Na primeira reunião ministerial Temer se empolgou. Já revestido de uma nova força política, respondeu às acusações de Dilma que o chamou diretamente de golpista em pronunciamento final antes de deixar o Palácio da Alvorada.
“Golpista é você que violou a Constituição”, disse Temer em um recado direto à petista, mas sem se referir a ela.
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Também falou da Previdência e da necessidade de reformas nas regras para as aposentadorias. Pediu crença no seu governo. Em seguida, confirmou sua viagem à China para o encontro do G-20, a reunião dos chefes de estado das maiores economias do Mundo. Como era o vice que assumiu o posto, para deixar o país Temer teve que passar o cargo para o primeiro na sucessão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o terceiro presidente do Brasil na mesma quarta-feira. Maia fica no posto por seis dias até a volta de Temer.
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