Guillermo Rivera e Sylvio Costa
Ele encerrou sua fala num plenário quase vazio. Além de o depoimento ter começado muito tarde, por volta das 20h, não faltaram ao longo do dia outros temas interessantes para atrair as atenções de parlamentares e jornalistas, como os percalços enfrentados no governo pelo ministro Antonio Palocci, o destino da medida provisória da Super-Receita – em vias de perder a validade – ou os últimos suspiros da CPI do Mensalão, aquela que foi sem nunca ter sido. Em vários momentos, o tom irônico de certos senadores deu à sessão um ar de teatro de comédia.
Mas o fato é que o empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra, prestou até 0h23 de hoje um dos mais impressionantes depoimentos já colhidos pela CPI dos Bingos, em funcionamento no Senado. Sombra não chegou a ser desmascarado como Vladimir Poleto, que perdeu o rebolado semana passada quando foi reproduzida durante o seu depoimento a gravação da entrevista que deu à revista Veja, exatamente com o conteúdo que até então ele insistia em negar. Incorreu, no entanto, em uma quantidade de contradições rara até mesmo para a atual temporada de CPIs.
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Questionado sobre as circunstâncias em que ocorreu o seqüestro do amigo e então prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), em janeiro de 2002, enrolou-se completamente. Embora dirigisse o carro do qual Daniel foi levado pelos seqüestradores, ora disse não se lembrar de detalhes fundamentais a respeito da situação em que os dois foram abordados pelos seqüestradores, ora ofereceu versões diferentes e desencontradas.
Também se complicou quando confrontado com comprovantes de depósitos feitos em sua conta bancária por Luiz Alberto Gabrilli, sócio da empresa de ônibus Guarará, de Santo André. Os responsáveis pela Guarará, autora dos depósitos, dizem que eles se destinavam ao pagamento de propina cobrada pela prefeitura petista da cidade. Sombra, depois de muita hesitação, afirmou que o dinheiro estava relacionado com a remuneração de serviços que sua empresa de segurança prestou ao empresário Ronan Maria Pinto.
Não deu para entender por que Ronan arcaria com uma despesa da Guarará, sua concorrente. Ou porque, como sugeriu Sombra, a Guarará – que nega qualquer relacionamento comercial com Ronan – teria pago os serviços que Sombra supostamente teria prestado a este (Ronan). Mais: não esclareceu porque o trabalho feito pela empresa da qual era sócio foi pago na sua conta bancária pessoal.
Enredo incômodo para Lula
Em seguida, disse desconhecer pessoas das quais foi sócio ou para as quais fez diversos pagamentos. Essas e outras contradições deixaram os senadores tão inconformados que um deles, Magno Malta (PL-ES), chegou a ameaçar o empresário de prisão, por mentir à CPI, o que configura crime de perjúrio, possibilitando a prisão em flagrante.
O patético desempenho de Sombra mostra, em primeiro lugar, que ele não se preparou. Talvez confiasse no êxito do pedido que seus advogados encaminharam ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de evitar seu comparecimento à CPI. Mas o ministro Marco Aurélio de Mello não só indeferiu a solicitação como negou o hábeas corpus que lhe daria a garantia de não sair preso da comissão.
O empresário deveria ter iniciado o depoimento à tarde, mas, como não pretendia se apresentar aos senadores, chegou em Brasília apenas à noite, depois de a CPI ter ameaçado acionar a Polícia Federal para trazê-lo sob escolta policial.
A fragilidade das explicações não atrapalha apenas a defesa do próprio Sérgio Gomes da Silva. Aumenta as suspeitas sobre a participação de membros do PT em um crime que os irmãos de Celso (João Francisco e Bruno Daniel), que já estiveram na comissão, definem como “queima de arquivo”. Na opinião dos dois, o então prefeito, que havia aceitado a cobrança de propinas para abastecer o caixa petista, insurgiu-se contra vários colaboradores – como Sombra e o ex-secretário de Serviços Urbanos de Santo André, Klinger de Oliveira Souza, que também depôs ontem à CPI – ao descobrir que eles estariam se aproveitando do esquema em benefício pessoal.
O caso Santo André envolve ainda o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, que foi flagrado em gravações telefônicas combinando estratégias e reuniões para reforçar a defesa de Sombra. Da mesma forma que a direção nacional do PT e o próprio governo Lula, Sérgio Gomes da Silva, Gilberto, Ronan e Klinger defendem a versão comum de que o assassinato de Celso Daniel não teve motivação política. Foi essa a conclusão da Polícia Civil, que o Ministério Público Estadual de São Paulo não aceita.
O Ministério Público repassou à CPI dos Bingos uma tabela das propinas cobradas das empresas de ônibus de Santo André durante a segunda gestão de Daniel. Segundo o documento, elaborado com base em depoimento de três empresários que confessaram ter pago a caixinha de 1997 a 2001, a arrecadação chegava a R$ 100 mil por mês. O MP responsabiliza Ronan, Klinger e Sombra pelo esquema. Conforme o promotor Roberto Wider Filho, parte do dinheiro financiou campanhas do PT e o restante era dividido entre os três e funcionários da prefeitura. Wider está convencido de que Celso Daniel foi morto por se desentender com o grupo.
Todo esse enredo é extremamente embaraçoso para o partido e o próprio governo federal. Celso Daniel elegeu-se prefeito pela primeira vez em 1988, tornando-se um dos primeiros petistas a administrar uma cidade importante (Santo André, que fica na região do ABC, está entre os principais municípios de São Paulo). Quando foi seqüestrado e morto, em janeiro de 2002, coordenava a equipe responsável pela elaboração do programa de governo de Lula.
Sérgio Gomes da Silva ficou preso entre dezembro de 2003 e junho do ano passado, quando foi solto, por decisão do presidente do STF, ministro Nelson Jobim.
Veja os principais momentos do depoimento dado ontem por Sombra.
O apelido
Logo no início do depoimento, ao se apresentar como vítima de linchamento público, Sombra repudiou o apelido difundido até mesmo entre os petistas:"Ninguém que eu conheço, em toda a minha vida, me chamou de Sombra. Passei a ser chamado assim após o depoimento no Ministério Público. É um nome sugestivo, quase de encomenda. Nunca fui chamado de Sombra na minha vida".
O apelido é uma referência ao período de 1988 a 1992, no qual Sérgio Gomes da Silva foi segurança e depois assessor de Celso Daniel e o acompanhava por toda parte. O empresário garante que o próprio Daniel lhe tratava por outro nome, “Chefe”.
Depósitos de Gabrilli
Sombra foi surpreendido pelo relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), com a informação de que foram encontrados em sua conta bancária pessoal cerca de R$ 40 mil, depositados em 1997 por Luiz Alberto Gabrilli, da empresa de ônibus Guarará. A família Gabrilli afirma que o valor correspondia à propina mensal que a Guarará era obrigada a pagar à prefeitura.
“Esse dinheiro eu fiquei sabendo agora”, reagiu. Hesitante, a princípio negou que tivesse recebido qualquer quantia da família Gabrilli. Depois, diante da comprovação dos depósitos, arrumou uma explicação sinuosa. Os valores teriam sido pagos como contrapartida de serviços que sua empresa de segurança teria prestado a Ronan Maria Pinto, grande empresário com negócios na área de transportes e em outras, nos estados de São Paulo e Mato Grosso, que também é sócio-proprietário do jornal Diário do Grande ABC.
Segundo Sombra, Gabrilli teria feito o pagamento em nome de Ronan. Espantados com a explicação, os senadores quiseram saber o que levaria um empresário a pagar a despesa do concorrente. “Não sei, preciso ver os documentos”, respondeu. “Soube agora desse depósito do Gabrilli na minha conta. Presto serviço para várias empresas e emito nota fiscal de tudo”.
O presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), questionou: “O senhor não sabia que haviam depositado esse dinheiro na sua conta?”. "Eu sabia dos depósitos. Eu não sabia que o Gabrilli tinha feito esses quatro depósitos", respondeu. Efraim prosseguiu: “O senhor faz um serviço para Ronan e quem paga é Gabrilli?”. Sombra confirmou, dizendo que Ronan "tinha uns negócios antigos com a Guarará", cujos detalhes desconhece.
Durante a sessão, Rosângela Gabrilli, hoje a principal executiva da Guarará, ligou para o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e negou que a empresa tivesse negócio com Ronan. Ela reiterou que os depósitos foram feitos como parte da "caixinha dos transportes" de Santo André.
Sombra também não soube explicar o que o levou a receber em sua conta bancária pessoal os R$ 40 mil, se a quantia se refere a serviços de sua empresa de segurança, faturados inclusive por meio de nota fiscal. "Eu tinha vários depósitos para receber por serviços de segurança que prestei. Esse dinheiro só fiquei sabendo agora que havia sido depositado por ele (Gabrilli) em minha conta. Não sei como foi parar na minha conta", afirmou o empresário.
Garibaldi aproveitou para lembrar: “Antes, seu advogado dizia que os depósitos eram falsos. Hoje, o senhor disse que não sabia”.O senador Magno Malta (PL-ES) propôs uma acareação entre Sérgio, Ronan e Rosângela.
Pagamentos a terceiros
De posse de dados resultantes da quebra do sigilo bancário do empresário, Efraim questionou Sombra sobre cheques, no valor total de R$ 182,2 mil, que ele emitiu em favor de diversas pessoas, entre 1997 e 2001.
Entre os beneficiários, vários funcionários da Prefeitura de Santo André – incluindo o ex-secretário Klinger – e Ivone de Santana, viúva de Celso Daniel, que também rejeita a tese de que o assassinato do prefeito foi um crime político.
Perguntado sobre nomes de vários desses beneficiários, o empresário demorou a se lembrar deles. Inicialmente, negou que tivesse feito os repasses. Depois, insistiu que precisava analisar os documentos para dar uma explicação. No caso da Ivone, admitiu a possibilidade de ter feito um empréstimo pessoal. "Posso ter emprestado. Acho normal em relação de amizade. Se as pessoas precisam, pedem", disse. "Pois eu estou atrás de uma pessoa assim", ironizou Garibaldi Alves.
"Se o senhor está desmentindo cheques que recebeu, imagine o resto", emendou o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).“O senhor mente tanto que deveria sair preso daqui. Mentir para CPI é crime”, ameaçou Magno Malta.
O seqüestro
Se Sombra foi incapaz de negar de modo convincente seu envolvimento com o propinoduto de Santo André, enrolou-se ainda mais ao relatar como foi o seqüestro de Celso Daniel. Ele e o prefeito foram abordados depois de jantarem em um restaurante em São Paulo, quando Sombra estava na direção do seu carro à época, uma Pajero blindada, na Rua Antônio Bezerra, conhecida como Rua dos Três Tombos, na zona sul de São Paulo.
Um dos pontos obscuros é a relativa facilidade encontrada pelos seqüestradores para deter a Pajero e a falta de reação do empresário, uma pessoa que já atuou como segurança, estava armada e é mestre em capoeira e faixa preta em taekwondo.
“A minha arma estava numa pasta no banco de trás do carro. Não tinha como reagir. Fiquei apavorado e saí pedindo ajuda para as pessoas ligarem para o 190 (telefone da Polícia Militar)”, disse num primeiro momento. Posteriormente, acrescentou o seguinte relato: “Saí do carro com a arma, e não atire porque poderia afetar o Celso, que já havia sido levado”.
Outro aspecto duvidoso é o fato de os seqüestradores terem apenas levado Celso Daniel, deixando Sombra e todos os seus pertences – inclusive um carro valioso e um celular – para trás. Outro ponto de dúvidas é o misterioso destravamento das portas da Pajero. "A porta abriu de repente, do lado do Celso, não sei como", afirmou Sombra.
Ele também não conseguiu explicar porque a descrição que deu à polícia dos criminosos, que estavam todos com o rosto à mostra, foi tão diferente das reais características físicas dos seqüestradores (já identificados e presos pela polícia). Atribuiu seus equívocos ao nervosismo. "Meu melhor amigo tinha acabado de ser seqüestrado. Imaginem como eu estava. Eu gritava para as pessoas ligarem para o 190. Só depois lembrei do celular, voltei ao carro e liguei do meu celular", disse o empresário.
Foi censurado pelo senador Geraldo Mesquita Jr. (sem partido-AC): “Uma pessoa adestrada como o senhor não pode alegar nervosismo numa situação como essa. Mas a sua falta de emoção é que me deixa pasmo”.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) leu trechos do depoimento prestado à Justiça por Elcy de Oliveira Brito, preso acusado de participar do seqüestro e da morte de Celso Daniel. Ele conta que os seqüestradores estavam instruídos a poupar o motorista da Pajero, que, por sua vez, não ofereceu nenhuma resistência à ação. Conforme Elcy, o crime foi encomendado por R$ 1 milhão. Suplicy, que anunciou ser uma “questão de honra” para ele o esclarecimento do caso, disse que gostaria que Sombra provasse sua inocência. Mas listou diversos fatos que complicam ainda mais a defesa do empresário.
O senador, que esteve no início desta semana na rua em que Celso Daniel foi seqüestrado, contou ter ouvido de um pastor que, durante a ação, Sérgio parecia orientar o crime. O pastor falou que gravou imagens do seqüestro, mas até agora não entregou a suposta gravação a Suplicy, ao Ministério Público ou à polícia. O parlamentar acrescentou que a narrativa de outras duas testemunhas dá conta de que Sombra estava tranqüilo durante a ação. "Uma testemunha me disse que Vossa Senhoria estaria com relativa calma, falando ao lado do automóvel. Outra das testemunhas disse que ficou tão apavorado que achou estranha a sua relativa calma", afirmou Suplicy.
Magno Malta considerou inaceitáveis as alegações de falhas mecânicas, utilizadas por Sérgio Gomes da Silva para explicar como, primeiro, ficou com um carro blindado parado, em vez de fugir dos seqüestradores. Depois, como as portas se abriram. “O carro não engatava marcha nenhuma”, disse Sombra, assegurando que fugia dos seqüestradores quando o carro de repente parou. “Mas era um carro hidramático”, contestou Magno. Sombra também não esclareceu por que a porta abriu apenas do lado de Celso Daniel e como isso aconteceu se ele, na condição de motorista, mantinha a trava das portas sob o seu controle. Magno também leu depoimentos anteriores do empresário, em que ele já havia apresentado versões diferentes sobre o assunto. E lembrou que a fabricante da Pajero, a Mitsubishi, elaborou laudo técnico a respeito do fato, descartando a possibilidade de falha mecânica.
“Posso não ter feito tudo que deveria naquela noite, mas fiz o que foi possível”, defendeu-se Sombra, insistindo que procurou a todo o tempo proteger Celso Daniel. “Tenho consciência de que cometi alguns enganos, o que é normal, porque estava muito nervoso. Se a verdade parece confusa, é porque ela talvez seja confusa para mim”.
Lula e o peixe
No depoimento, o senador Suplicy contou que tratou do assassinato de Celso Daniel com o presidente Lula, a quem questionou sobre aquele que lhe parece um dos aspectos mais contraditórios do crime: se foi crime comum, por que levaram o prefeito, por dois dias não fizeram nenhum contato ou pedido de resgate e logo depois o mataram? “Talvez os seqüestradores tenham ficado tão surpreendidos com o peixe grande que pegaram…”, sugeriu Lula. “Eduardo, você já pescou um peixe grande?”.
Na seqüência, o senador arrancou risos ao reproduzir a descrição de Lula de uma pescaria feita no Pantanal, onde ele teria pego um baiacu de 35 kg.
A “armação”
Durante o depoimento, foram lidos trechos de gravações telefônicas envolvendo alguns personagens do caso Santo André. Numa delas, Klinger diz a Sombra: “Hoje o que tá pegando pra você é a história do carro. Nós temos que montar um esquema porque as empresas de carro estão se juntando para dizer que não existe esse problema, não”. Ao que o empresário retrucou: Fala com o Gilberto (Carvalho, chefe de gabinete de Lula). Temos que armar alguma coisa”.
Também foram lidos trechos da conversa em que, logo após a morte de Daniel, Ivone de Santana e um assessor do ex-prefeito – Maurício Mindrich, conhecido como Xangola – conversam animadamente, combinam encontros (para beber e para definir detalhes relativos ao caso) e acertam o comportamento que ela deve ter. “Fala da saudade, da dor”, instrui Xangola.
Sombra nada falou sobre o segundo diálogo. Quanto ao primeiro, desculpou-se: “Tinha perdido meu melhor amigo. Sofria um linchamento público, insinuações. Fiquei descontrolado em muitas ocasiões”.
Vítima
Sérgio Gomes da Silva enfatizou que se considera uma “vítima que querem transformar em réu”. Contestado por Garibaldi, ele afirmou: "O senhor me desculpe, Excelência, mas quem passar pela situação que eu passei, em um automóvel sendo metralhado, vendo seu melhor amigo ser levado, é vítima sim”.
Ele confirmou que atuou como assessor da prefeitura de Santo André, na gestão de Celso Daniel entre 1989 a 1992, fazendo trabalhos gerais, que iam desde a segurança do ex-prefeito petista até os serviços de seu motorista. "Era uma época diferente. O jogo político era pesado. Fui segurança do Celso na campanha. Ele sofria ameaças praticamente todos os dias", declarou Sérgio Gomes.
Sombra contou que trabalhou como segurança de Celso Daniel durante a campanha eleitoral de 1988. De 1989 a 1992, primeira gestão do ex-prefeito, foi “assessor de gabinete”. Somente depois, teve início sua carreira empresarial. Além de possuir uma empresa que prestava serviços de segurança, foi sócio de Ronan em duas empresas.
Ele falou que, após o escândalo, deixou de ser empresário. “Quem vai fazer negócio com um empresário que está passando por todo esse linchamento?”, argumentou. Formado em Pedagogia, disse que enfrenta o mesmo problema para retomar o magistério, ofício que também exerceu no passado.
Outras contradições
Sombra incorreu em várias outras contradições. Primeiro, disse que, logo depois de os seqüestradores levarem Celso Daniel, ligou para dois amigos, Fernando e Tião. Garibaldi lembrou que, em seu depoimento, Klinger dissera que ele foi quem avisou os dois, após ter visto matéria sobre o seqüestro na TV. Aí, Sombra recuou: “Acho que liguei para Tiãozinho e para o Fernando, não tenho certeza… não lembro”.
Também foi incapaz de reconhecer o nome de um dos sócios da Princesa do Sol, empresa de ônibus de Várzea Grande (MT), de cuja sociedade também participou, em conjunto com Ronan Maria Pinto. Revelou desconhecer, ainda, o número de veículos, a situação financeira e outros dados relativos à empresa, afirmando que toda a gestão ficava a cargo de Ronan. “O senhor acaba de confessar que era um laranja de Ronan”, arrematou o senador Efraim.
Sombra não se recordou, ainda, dos nomes das empresas em que entrou como sócio de Ronan.
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