Os prefeitos que vão comandar as mais de 5,5 mil cidades brasileiras pelos próximos quatro anos começaram a ser empossados nesta terça-feira (1º). Até o fim da noite, os novos mandatários e aqueles que se reelegeram terão assinado os termos de posse nas câmaras de vereadores e participado das cerimônias de transferência de cargo.
O mapa do poder no país após o segundo turno
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Em São Paulo, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) tomou posse como prefeito da maior cidade da América Latina defendendo uma boa relação com o Poder Legislativo. Para ele, os vereadores não são um obstáculo, e sim representantes da vontade popular. “São 55 vereadores e vereadoras que vão contribuir, não só com leis de iniciativa próprias, mas com o aperfeiçoamento das atuais leis. Queremos manter com esta Casa o mais alto padrão de relacionamento”, afirmou.
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Depois, em discurso na prefeitura após a transmissão do cargo, Haddad apontou os principais desafios que terá ao assumir a prefeitura no lugar de Gilberto Kassab (PSD). Para o petista, o primeiro é a erradicação da miséria. Depois, conseguir controlar a dívida da cidade, melhorar os serviços públicos na saúde e na educação e resolver o déficit de moradia para a população de baixa renda.
Oposição
Ex-deputado e líder do DEM na Câmara, ACM Neto disse, no discurso de posse em Salvador (BA), que é preciso respeitar a história da capital baiana. “Salvador não é um simples aglomerado urbano. Por isso não pode ser tratada de qualquer jeito. O prefeito precisa respeitar essa história”, afirmou. O demista ressaltou que vai precisar do “apoio de todos” para administrar uma cidade do “tamanho e da complexidade de Salvador”.Reeleito para quatro anos à frente da prefeitura de Porto Alegre, José Fortunati (PDT) pediu respeito aos opositores. Disse não ter medo de discordâncias, mas revelou perder o respeito quando as diferenças saem do campo político para o pessoal. “Neste segundo mandato, vou respeitar o que dizia o meu slogan de campanha: fazer mais, fazer melhor e continuar fazendo com todos”, afirmou.
No Rio de Janeiro, o prefeito reeleito Eduardo Paes (PMDB) anunciou que a rede municipal de saúde passará a contar com sistema de ponto biométrico. A medida, que será implementada em um prazo de 180 dias, tem o objetivo de fiscalizar a presença dos médicos nos hospitais e clínicas da família. O peemedebista admitiu que ainda há um longo caminho a trilhar, mas que as desigualdades estão sendo deixadas para trás.
Novas eleições
Apesar de as posses terem ocorrido hoje, nem todos os 5.564 municípios brasileiros sabem quais serão seus mandatários para os próximos quatro anos. De acordo com a Agência Brasil, haverá novas eleições em 59 cidades. Isso porque os candidatos que tiveram mais de 50% dos votos concorreram com os registros de candidatura indeferidos. Nestes casos, os presidentes das câmaras de vereadores irão assumir as prefeituras até que o novo pleito aconteça.
Em sete municípios as novas eleições já estão marcadas. É o caso de Guarapari (ES), onde a Justiça Eleitoral já convocou a nova votação para o dia 3 de fevereiro. Em Campo Erê (SC), Criciúma (SC), Tangará (SC), Balneário Rincão (SC), Bonito (MS) e Camamu (BA), os pleitos estão marcados para o dia 3 de março.
Perfil
Homem, entre 45 e 59 anos, reeleito para mais um mandato de quatro anos. Esse é o perfil médio dos prefeitos que saíram vitoriosos das urnas em outubro para comandar os 5,5 mil municípios brasileiros, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As informações consolidadas dos dois turnos mostram que a política brasileira continua predominantemente masculina. As mulheres representam apenas 12% do total de prefeitos que tomam posse hoje. São apenas 654 contra cerca de 5 mil homens.
Conheça o perfil dos prefeitos que tomam posse hoje
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Com informações da Agência Brasil e do UOL
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