Edson Sardinha |
De todas as comissões, a que mais desperta interesse dos partidos é a de Constituição e Justiça e Redação (CCJR), composta por 57 membros. Por lá passam todas as proposições, inclusive as polêmicas reformas constitucionais. É ela que analisa também todos os recursos apresentados contra as decisões do Plenário.
Maior bancada da Câmara, com 94 deputados, o PT pretende manter a presidência da CCJR, atualmente exercida por Luiz Eduardo Greenhalgh (SP). O mais cotado para sucedê-lo é o ex-prefeito de Belo Horizonte Patrus Ananias (MG), também cogitado para assumir a liderança do partido na Casa. Com a dança das cadeiras, a CCJR tende a ser mais governista. PFL e PSDB devem perder uma vaga cada. O mesmo tende a ocorrer com o PDT, que, apesar de ocupar o Ministério das Comunicações, votou contra o governo nos projetos mais importantes de 2003. Com isso, o Palácio do Planalto terá poder sobre 43 dos 57 votos. Leia também O único aliado que perde espaço na comissão é o PSB. O partido, que desde o início de 2003 perdeu 10 parlamentares alinhados com o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB), terá direito a apenas duas cadeiras na CCJR. O PSC, que também cresceu graças à intervenção de Garotinho, deve ganhar a sua primeira vaga na comissão e jogar ao lado da base governista, que ficará ainda com outros três assentos, que serão ocupados por PMDB, PL e PTB. |
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