O Globo
Sem MP dos Portos, país pode perder R$ 35 bi
A presidente Dilma Rousseff convocou ministros, empresários e políticos para se dedicarem totalmente, hoje e amanhã, à votação da Medida Provisória 595, que cria regras para as futuras concessões e autorizações de instalações portuárias. Nos bastidores, o exército de Dilma foi instruído a usar, como argumento para a aprovação da MP, o risco de o país perder R$ 35 bilhões em investimentos na modernização do sistema portuário, caso a matéria não passe no Congresso. Mesmo com todo empenho do governo, líderes aliados estavam céticos em relação à possibilidade de a MP ser votada na Câmara e no Senado antes de perder a validade, quinta-feira.
O total de investimentos previstos com a aprovação da MP é de R$ 54,2 bilhões. Segundo interlocutores de Dilma, se o governo for obrigado a usar o chamando plano B, ou seja, reformar o sistema por decreto e outros normativos, a avaliação é que a burocracia e a demora no processo de licitações desestimularão as empresas e o valor a ser investido cairá para R$ 19,2 bilhões. A ordem de Dilma, dizem fontes, é evitar comentar a possibilidade de um plano B nas negociações, para que o texto ao menos comece a ser discutido na noite de hoje.
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Transparência opaca: Só 27 de 100 cidades cumprem lei
No dia 27 deste mês, vence o prazo para que os municípios com menos de 50 mil habitantes mostrem na internet, de forma detalhada e em tempo real, informações sobre suas receitas e despesas. Mas até hoje há municípios maiores – para os quais o prazo acabou em maio 2010 – que ainda não cumprem a legislação de forma adequada. Ao longo da última semana, O GLOBO fez um levantamento nos sites das prefeituras dos cem municípios mais populosos do Brasil.
A maioria mantém portais da transparência, mas boa parte deles peca pela qualidade das informações. Há problemas que vão de dados defasados e pouco detalhados até dificuldades de navegação e impossibilidade de exportar os dados. Apenas 27 prefeituras apresentaram portais de qualidade em conformidade com o previsto pela lei.
Em 14 assembleias, salários em sigilo
E Rio Um ano após a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, a transparência dos gastos públicos ainda não é total em 14 das 26 assembleias legislativas dos estados. As Casas ainda mantêm em sigilo as folhas de pagamento de seus funcionários. Somente as assembleias de Rio de Janeiro e Espírito Santo divulgam em seus sites na internet os nomes completos dos servidores junto aos seus salários numa planilha única.
Rigor na redação: Enem terá 20% a mais de corretores
O candidato que fizer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) este ano pode estar certo de que haverá mais profissionais corrigindo as provas de redação. Pelo menos, é o que afirma Luiz Cláudio Costa, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela aplicação do exame. Em entrevista ao GLOBO, ele afirmou que vai aumentar em cerca de 20% o número de 5.683 corretores que avaliaram os textos do último Enem. O objetivo da medida é evitar que os profissionais sofram com uma possível sobrecarga de trabalho. As inscrições para o exame começam hoje, às 10h, e serão encerradas no dia 27 de maio. As provas estão marcadas para os dias 26 e 27 de novembro.
Entrega de armas é menor no Norte
Principal ação do governo federal para reduzir o estoque de armas em circulação no país, a Campanha Nacional do Desarmamento tem encontrado dificuldades na Região Norte. É nessa parte do país onde têm sido registradas as piores taxas de adesão à entrega voluntária de armas em 2013. Entre os cinco estados com menor desempenho estão Roraima, Amapá, Pará e Amazonas. O Maranhão, único representante do Nordeste, completa esse grupo. Todos eles aparecem nas estatísticas oficiais com um recolhimento de menos de duas armas por cada cem mil habitantes, um índice muito abaixo da média nacional, que é de seis armas.
Promotor do caso PC descarta novas denúncias
O promotor Marcus Mousinho, que pedia a condenação de quatro ex-seguranças pela morte do empresário Paulo César Farias, acredita que não há mais brechas para uma nova denúncia do caso. Em entrevista ao site G1, ele considerou o resultado obtido positivo, mas a indefinição sobre quem matou e quem mandou matar o ex-tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor deixou o caso em aberto.
O Estado de S. Paulo
Verbas do governo têm “padrinhos” no Congresso
Mais da metade dos convênios assinados pelo governo Dilma Rousseff têm um “padrinho” no Congresso – um deputado ou senador que, com emendas ao Orçamento da União, repassa dinheiro para prefeituras, órgãos estaduais e entidades privadas.
Levantamento inédito feito pelo Estadão Dados mostra que, dos 20,9 mil convênios assinados desde 2011, 12,1 mil (58%) são vinculados a emendas que parlamentares fizeram ao Orçamento, Essas emendas destinaram R$ 5,4 bilhões para as bases eleitorais de deputados e senadores, dos quais R$ 1,38 bilhão já foi desembolsado.
E por meio de convênios que a União faz repasses (transferências voluntárias) a obras e programas sociais em Estados e municípios. O parlamentar faz a emenda a uma obra ou programa, Para concretizá-los, o governo faz convênios. O parlamentar também pode fazer emenda para obra federal Neste caso, não gera um convênio. Além dos convênios, há também os repasses obrigatórios de parte da receita de impostos.
Norte lidera lista per capita de repasses
Desde 2011, cada morador do Estado do Rio de Janeiro recebeu, em média, R$ 2 de convênios federais vinculados a emendas parlamentares. No mesmo período, cada habitante de Roraima ficou com R$ 71 da mesma fonte de recursos.
Os cinco primeiros Estados do ranking per capita de repasses são da Região Norte. Além de Roraima, estão lá Acre, Rondônia, Amapá e Tocantins. São Paulo e Rio, os Estados mais populosos, aparecem em 19º e 26º lugar, respectivamente.
Mais que padrinhos do Orçamento, os guardiões dos votos
A mão pesada dos parlamentares no Orçamento é um retrato da forma de se fazer política no Brasil. E explica, na ponta do lápis, a preocupação do entorno da presidente Dilma Rousseff com a inapetência política com a qual ela dirige seu olhar ao Congresso Nacional.
A presidente ouviu na semana passada de Luiz Inácio Lula da Silva, seu padrinho político, o conselho de se voltar aos velhos conhecidos “padrinhos” do Orçamento da, União: os deputados e senadores. Traduzindo o alerta: Dilma deve liberar dinheiro das emendas e fazer um agrado político, convidando os parlamentares para viagens e cerimônias nos respectivos redutos eleitorais.
TCU aponta falhas ‘sistêmicas’ na fiscalização do governo
Estudos do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a fiscalização de convênios federais consideram “sistêmicas” falhas na estrutura da União, destacando como problemas mais sérios o baixo número de servidores e a falta de qualificação de parte deles.
Nesse contexto de fraca vigilância, convênios patrocinados por parlamentares já estiveram no centro de vários escândalos que atingiram os governos Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2011, o então ministro do Esporte, Orlando Silva, teve de pedir demissão após a revelação de que convênios irregulares ajudaram a abastecer ONGs ligadas a seu partido, o PC do B.
Negócios: Energia barata dos EUA tira investimentos do Brasil
A concorrência com o baixo custo do gás de xisto americano, que em três anos passou a custar 20% do preço do gás natural no Brasil, está fazendo o País perder ou adiar bilhões de dólares em investimentos.
Indústrias que têm até 35% de seus custos no gás, como fabricantes de cerâmica e vidro, petroquímica e química, perderam competitividade, elevaram importações e migram investimentos para o exterior. Até setores tradicionais, como o de brinquedos, sentem os efeitos.
Cai participação de montadoras tradicionais
Em 2003, Fiat, Volks, Ford e GM detinham 82% das vendas de automóveis no País. A fatia caiu para 69% em 2013. E a lista dos seis modelos mais vendidos, historicamente composta por carros das “quatro grandes”, agora inclui o HB20, da Hyundai.
Juiz é suspeito de levar mala com R$ 1 milhão
Depoimento da servidora Silvânia Felippe à Polícia Federal aponta que o juiz Élcio Fiori Henriques, do Tribunal de Impostos e Taxas (TIT), recebeu ‘mala com R$ 1 milhão’, como julgador de recursos de empresas autuadas pelo Fisco paulista. O juiz, que é investigado na Operação Lava-Rápido, não respondeu à reportagem para falar sobre a acusação.
Manobra maquia gastos com educação
Após lutar contra a meta de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para educação, o governo federal optou por uma manobra contábil para maquiar a conta. O novo parecer do relator do Plano Nacional de Educação (PNE), José Pimentel (PT-CE), altera a redação aprovada na Câmara dos Deputados, que previa 10% de investimento federal em educação pública. Agora, o texto cita “investimento público em educação”.
A mudança, com a supressão do adjetivo “pública”, fará com que sejam incluídas na conta, por exemplo, a renúncia fiscal com o Programa Universidade para Todos (Prouni), que concede bolsas em instituições particulares de ensino superior, e os investimentos do Ciência sem Fronteiras (CsF), que envia estudantes brasileiros a faculdades fora do País.
Juiz é suspeito de levar mala com R$ 1 milhão
Depoimento de uma servidora administrativa da Secretaria da Fazenda de São Paulo revela que o juiz Élcio Fiori Henriques, do Tribunal de Impostos e Taxas (TIT), teria recebido “mala com RS 1 milhão” no exercício de sua atividade como julgador de recursos de empresas autuadas pelo Fisco. Silvânia Felippe declarou à Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava-Rápido – investigação sobre desvios de processos fiscais – que um outro magistrado do TIT foi afastado por um juiz presidente de Câmara “porque ele deu mala com R$ 1 milhão para o juiz fiscal Fiori”.
Suspeito tem ‘currículo brilhante’, diz Fazenda
Autor do livro Os Benefícios Fiscais no Direito Financeiro e Orçamentário, o juiz Élcio Fiori não respondeu à reportagem para falar sobre as suspeitas que pesam contra ele. Não se manifestou sobre a denúncia de que teria recebido “mala com R$ 1 milhão” nem sobre as ameaças que teria feito a pessoas com as quais entrou em atrito. Não respondeu à indagação, que lhe foi enviada por e-mail, sobre pagamentos em dinheiro vivo pelos imóveis que comprou.
Na quinta-feira, quando procurado pelo Estado para explicar o patrimônio de R$ 30 milhões, o juiz alegou que “todos os valores empregados nas compras de imóveis possuem origem lícita, oriundos dos investimentos bem-sucedidos com capital próprio e de terceiros investidores”.
Gabinete de Afif funcionará em prédio do Exército
O ministro da recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos (PSD), vai montar seu gabinete de trabalho em metade de um andar do prédio até então ocupado pelo Comando do Exército, na Esplanada dos Ministérios. Afif tomou posse na última quinta-feira, na 39.a pasta criada pelo governo Dilma Rousseff.
Desde o início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva há uma pressão para que os comandos militares cedam espaço na Esplanada, onde ocupam atualmente quatro dos 19 prédios existentes.
Governo turco culpa Síria por atentado
Autoridades da Turquia acusaram ontem nove turcos presos por envolvimento no atentado em uma cidade próxima da Síria de ter ligação com o setor de inteligência da ditadura de Bashar Assad.
O ataque com dois carros-bombâ em Reyhanli matou pelo menos 46 pessoas. A cidade recebe refugiados da guerra civil síria, que dura 26 meses e matou 70 mil pessoas, segundo conta bilidade dos rebeldes.
TV Cultura elege novo presidente hoje
O Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta (FPA) se reúne hoje para eleger o presidente da fundação mantenedora da TV Cultura pelos próximos três anos. Marcos Mendonça, que já foi presidente da FPA de 2004 a 2007, pretende voltar ao posto, ocupado nos últimos três anos por João Sayad. Para se eleger, Mendonça precisa de ao menos 24 votos de um total de 47 conselheiros. Se não obtiver a votação mínima, uma nova eleição será convocada.
Argentina prepara ação contra o Clarín
A presidente Cristina Kirchner pretende fazer, nos próximos dias, uma intervenção na diretoria do Grupo Clarín utilizando a lei que reformou o mercado de capitais na Argentina. Veículos do grupo, a maior empresa de comunicação da Argentina, publicaram investigações sobre diversos casos de corrupção no governo.
Início precoce
Pesquisa da Unifesp mostra que provar álcool antes dos 12 anos eleva em 60% o risco de abuso na adolescência, como aconteceu com Antônio.
Correio Braziliense
R$ 1 bilhão em troca da MP dos Portos
Após sucessivas derrotas na tramitação da Medida Provisória 595/2012, a MP dos Portos, o governo prepara uma última cartada para tentar convencer os parlamentares a aprovar o texto hoje, na Câmara. O Palácio do Planalto pretende liberar R$ 1 bilhão em emendas para deputados e senadores com o propósito de aliviar as tensões e acalmar os ânimos dos legisladores.
Desde a última quinta-feira, um dia após a suspensão do debate da matéria na Câmara pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), interlocutores palacianos têm trabalhado para convencer os parlamentares da necessidade de aprovar o texto. Analistas de mercado avaliam que uma eventual derrota do governo pode gerar perdas de até R$ 50 bilhões, entre projetos engavetados e negócios frustrados no comércio exterior.
Ajuda bilionária ao discurso da reeleição
Com dificuldades para destravar as obras de infraestrutura e às turras com o Congresso Nacional para votar um novo marco regulador para os portos, a presidente Dilma Rousseff intensificou a política de desonerações tributárias para alavancar a economia e, mais do que isso, ter um discurso político consistente para apresentar na campanha da própria reeleição, em 2014. Dados do Ministério da Fazenda mostram a opção clara por esta ferramenta: em 2012, a desoneração foi de R$ 44,5 bilhões; este ano, até o momento, foram R$ 72,1 bilhões. No ano que vem, quando ocorrerá a disputa presidencial, serão R$ 91,5 bilhões.
Suspeita de irregularidade, salário polpudo
Enquanto o Senado tenta cortar gastos sem acabar com as regalias a que os parlamentares têm direito, a Casa mantém no quadro funcional servidores suspeitos de envolvimento em irreguaridades, réus em processos judiciais. Ao menos dois respondem a ações por improbidade administrativa e continuam em funções de prestígio no Congresso, com salários polpudos — o mais baixo supera os R$ 19 mil líquidos. Um deles é Dimitrios Hadjinicolaou, chefe de gabinete da Secretaria de Arquivo, acusado de fraudar licitações. O outro é José Alexandre Lima Gazineo, ex-diretor adjunto de Agaciel Maia à época do escândalo dos atos secretos. Hoje, Gazineo coordena o setor de processos judiciais da Advocacia do Senado.
A contraditória economia do Senado
A reforma administrativa anunciada pelo Senado Federal para cortar gastos tem uma linha clara: reduzir as despesas com os servidores que têm as menores remunerações e reduzir as funções comissionadas de baixo escalão da Casa para manter as regalias dos parlamentares. Após extinguir o serviço ambulatorial gratuito para os funcionários, a presidência do Senado, sem fazer barulho, acabou com o transporte circular que levava servidores no trajeto entre a Rodoviária do Plano Piloto e o Anexo I. O corte ocorreu em 6 de maio, mas não foi divulgado. A assessoria de imprensa do Senado comunicou que a medida proporcionará uma economia anual de aproximadamente R$ 220 mil.
Nomeação de ministro divide o STF
A espera pelo 11º ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) já chega a quase seis meses, mas, dentro da própria Corte, há quem prefira que a presidente Dilma Rousseff não indique o substituto de Carlos Ayres Britto antes do término do julgamento dos recursos do mensalão. Quatro integrantes do tribunal ouvidos pelo Correio avaliam que o momento não é o mais adequado para que o novo magistrado desembarque na Suprema Corte. Para eles, o STF pode funcionar sem prejuízo com a composição atual, de 10 integrantes.
De outro lado, há ministros que defendem a nomeação imediata. A reivindicação também é feita pelos réus do mensalão e por filiados ao PT, que apostam em uma nova composição do plenário para reverter as condenações proferidas pelo STF a petistas como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e os deputados federais José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP).
Transferir contrato é vantajoso
Mutuário pode reduzir prestação optando por levar o contrato de financiamento do imóvel para outro banco que ofereça taxas mais baixas. Melhor: o custo do cartório caiu para um terço do valor cobrado anteriormente.
Mudança: desfalque na Fazenda
Um dos principais articuladores da política econômica do governo, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, resolveu deixar o cargo, que passou a ocupar no início de 2011, depois de já ter desempenhado outras funções de relevo na pasta. O pedido de demissão expõe, segundo especialistas, um clima de tensão na equipe comandada pelo ministro Guido Mantega.
A decisão, que pode ser oficializada nos próximos dias, teria sido tomada diante da frustração de Barbosa com o projeto de reforma tributária que tentou emplacar no Congresso e das críticas crescentes à condução da economia. A maioria dos projetos de estímulo ao crescimento passaram ou saíram do gabinete do secretário nos últimos anos e, com os fracos resultados da atividade e os investimentos ainda travados, a pressão sobre ele teria se tornado insustentável.
Debandada de defensores públicos
Os brasilienses sem recursos para pagar um advogado e que precisam recorrer aos serviços da Defensoria Pública enfrentam dificuldades para conseguir assistência gratuita em processos judiciais. Uma emenda à Lei Orgânica do Distrito Federal, aprovada pela Câmara Legislativa no fim do ano passado, possibilitou a transferência de defensores públicos do DF para fundações e autarquias, onde passaram a atuar como advogados do governo. Ao todo, 21 profissionais fizeram a opção de trocar de carreira.
Deixaram a missão de atender quem não pode pagar advogados para defender órgãos do GDF, como o Departamento de Trânsito (Detran) e a Fundação Hemocentro. Com a saída do grupo, que representava 10% do quadro total da Defensoria Pública, o atendimento à população carente está prejudicado em pelo menos 13 varas e juizados especializados desde meados de março, deixando juízes de mãos atadas para dar andamento aos processos. O GDF garante que fará concurso para suprir o deficit de servidores, normalizando o atendimento o mais rápido possível.
Abolição, 125 anos – as ameaças dos escravocratas
Série especial do Correio detalha momentos que antecederam a assinatura da Lei Áurea. Na reportagem de hoje, destaque para a retórica intimidadora do Barão de Cotegipe, que pregava os riscos para a economia do país com a abolição.
Folha de S. Paulo
Para Gleisi, lobby trabalha contra a MP dos Portos
Principal negociadora no governo da medida provisória dos portos, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) diz que defensores de uma reserva de mercado travam o setor portuário no país e dificultam a aprovação da proposta no Congresso Nacional.
Para a ministra, “interesses setoriais não podem se sobrepor aos interesses nacionais” na votação da medida provisória. Gleisi se refere aos operadores privados com concessões em portos públicos, que resistem à abertura do setor para os portos privados, principalmente à autorização para que eles movimentem cargas de terceiros.
“É óbvio que quem está estabelecido começa a ter resistência, quer manter o seu mercado e não ter concorrência, mas isso não serve ao Brasil”, afirmou ela. A ministra não concorda que a articulação política esteja falhando na votação da medida e envia um recado à base aliada que tem se queixado do tratamento do Palácio do Planalto.
Pressionado, governo aceita pagar mais por grandes obras
Pressionado pelas empreiteiras, o governo federal alterou o modelo de contratação de grandes obras e incorporou uma elevação automática de preços sobre o orçamento inicial do projeto.
Chamada de “adicional de risco”, essa elevação é uma forma de compensar os tradicionais aditivos, que foram praticamente extintos em 2011 após uma série de suspeitas de desvio de recursos por meio de acréscimos feitos após a contratação.
A restrição a aditivos nasceu quando o governo criou o RDC (Regime Diferenciado de Contratações), hoje adotado nas obras rodoviárias -R$ 8 bilhões em contratos-, aeroportos e ferrovias.
Criado para Copa, regime se alastra pelo país
RDC permite licitações mais ágeis, mas é contestado por tirar prerrogativas do governo
Originalmente pensado para acelerar obras da Copa de 2014, o RDC (Regime Diferenciado de Contratações) se disseminou pelo país e agora é usado até para obras de quadras e de creches.
O modelo é questionado no Supremo Tribunal Federal -para a Procuradoria Geral da República, dificulta a fiscalização do dinheiro público. À época da edição da lei federal, em 2011, o sistema era voltado exclusivamente para contratação de empresas em obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016.
Marina atrai insatisfeitos e isolados, do PSOL ao PSDB
A ex-senadora Marina Silva reuniu em torno do projeto da Rede Sustentabilidade, partido que tenta viabilizar para se candidatar à Presidência em 2014, uma teia que vai de Heloísa Helena, a fundadora do PSOL a um aliado histórico do ex-governador José Serra (PSDB-SP). Além do discurso de que estão juntos para construir coletivamente a “nova política”, os principais apoiadores de Marina são movidos por causas individuais realistas.
Campos gastou em quatro cidades verba liberada para 41
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pediu e recebeu R$ 50 milhões em verba federal para atender 41 cidades atingidas pela pior enchente da história do Estado, em 2010.
Após a liberação do dinheiro, porém, o governo estadual reduziu a quatro o número de municípios atendidos.
A mudança para um décimo da quantidade original de cidades beneficiadas é questionada por técnicos do Ministério da Integração Nacional e da Advocacia-Geral da União (AGU), como mostram documentos do convênio federal com Pernambuco.
Casas já doadas são alugadas ilegalmente
Enquanto centenas de vítimas da enchente de 2010 ainda aguardam as casas prometidas pelo governo de Pernambuco, moradores já beneficiados pela verba federal de emergência alugam os imóveis que receberam em doação, o que é ilegal.
Em Palmares (PE), a Folha constatou negociações de imóveis doados a desabrigados da enchentes e encontrou pessoas que confirmaram morar de aluguel nas casas. Integrante de uma ONG local, Sandra Aparecida Leoni não é vítima da enchente. Mesmo assim, vive numa casa construída para quem perdeu tudo na cheia de 2010.
Governo de PE diz ter adequado plano à verba
O governo de Pernambuco afirmou em nota que precisou direcionar os R$ 50 milhões para apenas quatro cidades em vez das 41 previstas após uma “seleção de prioridades” no socorro às vítimas da enchente de 2010.
Secretariado de Alckmin intensifica viagens ao interior
A pouco mais de 18 meses para a eleição, secretários de Geraldo Alckmin (PSDB) intensificaram, a pedido do governador, suas viagens ao interior do Estado, em busca de maior visibilidade à gestão.
Em reuniões no início deste ano, o tucano, pré-candidato à reeleição, pediu que seu secretariado divulgasse as marcas de seu governo no interior -onde ele é mais forte eleitoralmente.
Discussão coloca em guerra dois grupos privados
A MP dos Portos, elaborada pelo governo para abrir o setor, colocou em guerra dois grupos do setor privado: operadores com concessões em portos públicos e grandes empresas que já têm ou querem entrar no negócio.
De um lado, estão empresas como a Santos Brasil, do empresário Daniel Dantas, e a Libra Terminais, operadoras com forte atuação no país. De outro, estão grupos como o do empresário Eike Batista, Odebrecht e MSC, operadora internacional de navios.
Turquia pede ação internacional contra Síria após atentados
A Turquia anunciou ontem a prisão de nove supostos envolvidos com os ataques com carros-bomba que no sábado mataram 46 pessoas em Reyhanli, perto da fronteira com a Síria. O governo afirmou que os detidos têm ligação com o regime do país vizinho e pediu ação internacional para resolver o conflito.
Os oficiais do governo não deram detalhes sobre a identidade dos suspeitos ou sobre sua ligação com o regime do ditador sírio Bashar al-Assad, mas disseram ter declarações por escrito dos detidos que comprovam a acusação.
SP terá o primeiro banco de dados com nomes de pedófilos
A Polícia Civil de São Paulo está formando um banco de dados inédito de todos os pedófilos do Estado.O trabalho é feito pela 4ª Delegacia de Repressão à Pedofilia, única no Brasil especializada nesse tipo de crime.
Desconhecida do público, a delegacia foi criada em novembro de 2011 e desde então tem cadastrado foto, nome, cor de pele, idade e histórico de crimes dos pedófilos. Segundo a delegacia, 40% desses criminosos têm entre 18 e 40 anos, 25% estão acima dos 40 e 35% têm até 17 anos.
Obras que evitariam pane em trens da CPTM atrasam
Atrasos, lentidões e outros problemas enfrentados com frequência nos últimos meses em trens da CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos) poderiam ter sido amenizados se obras essenciais não estivessem atrasadas há mais de dois anos, algumas sem previsão de retomada.
São 12 obras, com atraso médio de um ano e oito meses, destinadas a modernizar trilhos, vias aéreas e sistemas de energia, um dos problemas crônicos da rede hoje, cheia e sobrecarregada.
Irmãos de raptor de Cleveland dizem que não sabiam de crimes
Escondida em um bairro pobre habitado principalmente por imigrantes porto-riquenhos, a estreita avenida Seymour, em Cleveland, atraiu dezenas de curiosos no primeiro fim de semana após a libertação de três jovens mantidas reféns por cerca de dez anos na casa do ex-motorista Ariel Castro, 52.
Enquanto portas e janelas do imóvel eram lacradas para preservar a cena do crime, americanos de vários Estados aproveitavam a folga para espiar de longe o cativeiro de Amanda Berry, Michelle Knight e Georgina DeJesus, libertadas há uma semana.
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