O Estado de S. Paulo
Queda na intenção de voto em Dilma segue recuo na popularidade, diz Ibope
Após ver sua popularidade diminuir 9 pontos desde dezembro, a presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu também eleitores. Pesquisa Ibope concluída esta semana mostra que a intenção de voto dela caiu em todos os cenários. Na hipótese mais provável, que inclui pré-candidatos dos pequenos partidos, Dilma foi de 40%, em março, para 37% em abril. No cenário em que enfrenta só dois rivais, a intenção de voto da presidente caiu de 43% para 39%.
É a maior perda acumulada de eleitores da presidente desde que sua popularidade entrou em queda, no começo deste ano, segundo o Ibope. Desde dezembro, eleitores de Dilma que haviam deixado de considerar seu governo ótimo ou bom começaram a deixar de declarar voto nela. A nova pesquisa mostra que essa tendência se intensificou ao longo de abril.
No cenário mais provável, com os chamados nanicos, Dilma caiu de 40% em março para 37% agora. Aécio Neves (PSDB) oscilou de 13% para 14%. Eduardo Campos (PSB) segue com 6%, e o pastor Everaldo (PSC), passou de 3% para 2%. A soma dos demais pré-candidatos que era de 1% em março, agora dá 3%.
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As maiores quedas de Dilma ocorreram entre eleitores jovens (perdeu 8 pontos entre quem tem de 25 a 34 anos), nas cidades médias (menos 11 pontos nos municípios entre 20 mil e 100 mil habitantes), na região Sul (menos 6 pontos) e nos eleitores não-cristãos (perdeu 7 pontos).
Mesmo assim, se a eleição fosse hoje, a presidente seria reeleita no primeiro turno, pois seus 37% de intenção de voto superam a soma de todos os seus adversários (25%). Sua vantagem vem diminuindo a cada mês, porém. A diferença em favor da presidente caiu de 17 pontos em março para 12 pontos em abril.
Dilma ainda seria reeleita no primeiro turno porque as taxas de eleitores que declaram pretender votar em branco ou anular (24%) ou que não sabem dizer em quem votarão (13%) seguem muito altas.
No cenário reduzido, em que Dilma enfrenta apenas Aécio e Campos, a intenção de voto na presidente caiu, segundo o Ibope, de 43% em março para 39% agora. Ao mesmo tempo e no mesmo cenário, Aécio foi de 15% para 16%. Já Campos passou de 7% em março para 8% em abril. A taxa de branco e nulo foi de 25% para 26%.
Quando se troca Eduardo Campos por Marina Silva como candidata do PSB, a intenção de voto em Dilma também cai em abril. No cenário com os nanicos, a petista foi de 40% para 37%, Marina passou de 9% para 10% (Eduardo tem 6%), Aécio foi de 13% a 14%, o pastor Everaldo permaneceu com 2%, e a soma dos demais candidatos cresceu de 1% para 3%.
Governo de PE cancela benefício concedido por Campos a termelétricas
Um decreto assinado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) no seu último dia à frente do governo de Pernambuco, que concedia benefício fiscal a duas usinas termelétricas, foi revogado nesta semana pelo governador João Lyra (PSB). De acordo com a Procuradoria-Geral do Estado, que recomendou o cancelamento, havia “risco” de a medida ferir a legislação eleitoral.
O decreto, de n. 40.595, de três de abril – também subscrito pelo ex-secretário de Fazenda Paulo Câmara, pré-candidato ao governo de Pernambuco – perdoava dívidas tributárias relativas ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no período de janeiro de 2009 a março de 2014 e estipulava uma alíquota reduzida de 7% para importação e aquisição de matéria prima.
Segundo o procurador-geral do Estado, Thiago Norões, o decreto poderia ser questionado devido a choque com a legislação eleitoral. A lei veda, em ano de eleição, que o governo conceda benefícios, inclusive tributários, e distribua vantagens e benesses.
Presos do mensalão têm indulto de Páscoa
Dois condenados por envolvimento no mensalão – o ex-deputado João Paulo Cunha e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares – deixaram nesta quinta-feira, 17, a cadeia e passarão o feriado prolongado em casa. Os dois voltarão na terça-feira ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP), em Brasília, onde cumprem pena.
Nesta quinta, os dois deixaram a prisão cedo para trabalhar. Delúbio Soares trabalhou durante todo o dia na Central Única dos Trabalhadores (CUT).
João Paulo Cunha cumpriu expediente até as 13h em um escritório de advocacia. Os dois terão de voltar à cadeia na terça-feira, depois de cumprirem expediente em seus empregos. Outros detentos, que não trabalham fora da cadeia, deixaram a carceragem às 10h para o “saidão de Páscoa”.
Durante o período do benefício, João Paulo e Delúbio Soares não podem ficar fora de casa depois das 18h, viajar para fora do Distrito Federal, ingerir bebidas alcoólicas e entorpecentes nem frequentar bares e prostíbulos, em cumprimento às determinações da portaria da Vara de Execuções Penais (VEP),
Pelas regras definidas pela Justiça, João Paulo e Delúbio também não podem se encontrar. A portaria proíbe que internos andem em companhia de outros presos.
Assessor de ministro da Previdência pede exoneração
Apontado como recebedor de R$ 20 mil de uma empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef – alvo maior da Operação Lava Jato -, o jornalista José Wilde de Oliveira Cabral, assessor especial do ministro da Previdência Social, pediu exoneração do cargo nesta quinta-feira. Logo cedo ele entregou uma carta ao ministro, Garibaldi Alves, na qual afirma que “não tem, nem nunca teve qualquer relação profissional com a M.O Consultoria”.
“Pelo valor divulgado do pagamento feito a mim, é razoável supor que se trata de remuneração por serviço de assessoria de imprensa que prestei em 2010, com pagamento efetuado no primeiro semestre de 2011”, assinala José Wilde, em nota. “Não tenho, nem nunca tive qualquer relação profissional com essa empresa M.O. Consultoria.” O ex-assessor especial do ministro afirma que a empresa para a qual prestou assessoria, “obviamente com cláusula de confidencialidade, como comum nas questões de tratamento de imagem pública”, desempenhava atividades legais no mercado.
USP anula demissão de professora desaparecida na ditadura militar
A Congregação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) anulou nesta quinta-feira, 17, a demissão da professora Ana Rosa Kucinski, desaparecida no período da ditadura militar.
O argumento mantido pela universidade até então era que Ana Rosa havia sido demitida por abandono de emprego. A revisão sobre o caso foi revelada pelo Estado em reportagem publicada nesta quarta.
O diretor do Instituto de Química da USP, professor Luiz Henrique Catalani, classificou a postura da congregação como “apropriada” diante de um “equívoco” cometido pela comissão que demitiu a professora sob justificativa de abandono de emprego.
Petrobras publica anúncio sobre Pasadena em jornais
A Petrobras publicou ontem anúncio de página inteira nos principais jornais do País com esclarecimentos sobre a compra da refinaria de Pasadena. O conteúdo é o mesmo de comunicado enviado às redações na véspera, baseado no depoimento da presidente Graça Foster no Senado. A estatal apresentou novos números para respaldar a compra de metade da refinaria em 2006, repetiu o discurso da presidente Dilma Rousseff de que cláusulas importantes do acordo foram omitidas na reunião de conselho que aprovou a aquisição e classificou o negócio de “um empreendimento de baixo retorno sobre o capital investido”.
Em fevereiro passado, a estatal também publicou anúncios nos principais jornais destacando os recordes na produção do pré-sal. A publicação foi uma reação a críticas sobre declínio de produção e após reportagem do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostrando que a estatal está produzindo um barril de água para cada um de petróleo na Bacia de Campos, principal do País.
A Petrobras, que não costuma divulgar seus gastos com marketing, intensificou a presença na mídia desde o ano passado. A campanha é comandada pelo gerente executivo da Comunicação Institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, ex-sindicalista da Central Única de Trabalhadores (CUT). A entidade, maior do setor de petróleo, é tida como alinhada politicamente com o PT desde o primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Folha de S. Paulo
Empreiteiras repassaram R$ 31 mi a firmas de doleiro
Uma planilha apreendida no escritório do doleiro Alberto Youssef, preso em março sob acusação de comandar um esquema de lavagem de dinheiro, aponta um dos modos como empreiteiras podem ter pago propina a agentes públicos para firmar contratos com a Petrobras, segundo a Polícia Federal.
O documento registra o repasse de R$ 31 milhões por dois consórcios e uma empresa a firmas controladas pelo doleiro Youssef.
As empreiteiras citadas na planilha foram contratadas para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, a obra mais cara da Petrobras atualmente.
Trata-se dos consórcios CNCC (formado por Camargo Corrêa e Cnec) e Conest (Obebrecht e OAS) e a Jaraguá Equipamentos. À Folha, todas negam ter negócios com as empresas de Youssef. Mas, em entrevista ao jornal “O Globo”, o presidente da Jaraguá reconheceu ter pago comissão ao doleiro.
A suspeita da PF é que os R$ 31 milhões listados na planilha sejam propina para funcionários públicos e políticos que ajudaram as empreiteiras em questão a conseguir os contratos para tocar a obra da refinaria.
Assessor envolvido na Lava Jato pede demissão
O assessor do Ministério da Previdência que recebeu dinheiro de uma empresa de fachada investigada pela Polícia Federal na Operação Lava Jato pediu demissão ontem.
A MO Consultoria, controlada pelo doleiro Alberto Youssef, repassou R$ 20 mil a José Wilde de Oliveira Cabral em 2011.
Wilde, assessor do ministro Garibaldi Alves (PMDB-RN), nega irregularidades e diz que pediu a exoneração do cargo para poder se defender.
A confissão de que a empresa não tem atividade de fato foi feita por um empregado do doleiro, Waldomiro de Oliveira, em nome de quem a MO Consultoria está registrada na Junta Comercial de São Paulo. A Folha teve acesso ao depoimento do funcionário, que decidiu colaborar com a PF para tentar atenuar sua pena.
Dilma atende Lula e parte para o ataque
A recente intervenção implícita do ex-presidente Lula no governo já teve resultados. Nas últimas semanas, a presidente Dilma Rousseff acatou algumas recomendações do padrinho político e adotou a tática “bateu, levou”.
A ordem agora é não deixar nenhuma crítica sem resposta, comparar as gestões tucanas com os mandatos do PT e melhorar a divulgação das ações vinculadas diretamente à presidente, como os programas Pronatec e Mais Médicos, por exemplo.
Nos bastidores, o ex-presidente vinha alertando que Dilma precisava fazer a “disputa política” por meio da imprensa e pelos canais oficiais de comunicação, com o uso de propaganda institucional e até mesmo lançando mão de pronunciamentos em cadeia nacional de rádio e TV.
Petista oscila três pontos para baixo e tem 37%, diz Ibope
As intenções de voto na presidente Dilma Rousseff (PT) para as eleições de outubro deste ano oscilaram negativamente nas últimas semanas, saindo de 40% em março para 37% em abril, segundo pesquisa Ibope divulgada ontem.
No cenário mais provável, em que Dilma tem 37% e que inclui partidos nanicos, Aécio Neves (PSDB) oscilou de 13% para 14% e Eduardo Campos (PSB) se manteve com 6%. Pastor Everaldo (PSC) oscilou de 3% para 2%. As candidaturas nanicas passaram de 1% a 3%.
Se a eleição fosse hoje, a presidente seria reeleita no primeiro turno, pois seus 37% de intenções de voto superam a soma de todos os seus adversários, que atinge 25%.
No cenário que apresenta como candidatos apenas Dilma, Aécio e Campos, a intenção de voto na presidente oscilou negativamente no limite da margem de erro, passando de 43% em março para 39% agora. Já Aécio oscilou de 15% para 16%, e Campos passou de 7% para 8%.
Para pressionar Vargas, PT deve abrir comissão de ética no partido
Como mais um esforço para pressionar o deputado André Vargas (PT-PR) a renunciar ao mandato, o PT deve instaurar uma comissão de ética no partido caso o parlamentar não abra mão de suas atividades na Câmara até a próxima terça-feira.
O presidente nacional da sigla, Rui Falcão, divulgou ontem relatório produzido por três integrantes da cúpula petista que ouviram Vargas na sexta-feira sobre suas relações com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Assinado por Alberto Cantalice, Florisvaldo Souza e Carlos Árabe, o documento recomenda à Executiva Nacional do partido a instauração imediata de uma comissão de ética que poderá advertir, suspender ou até mesmo expulsar Vargas do PT.
Em reunião extraordinária na próxima semana, o colegiado decidirá se segue ou não a recomendação do grupo.
Advogado de petista no processo do mensalão é nomeado para TRE-SP
A presidente Dilma Rousseff escolheu o advogado Alberto Zacharias Toron para assumir cargo de juiz no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo. A nomeação, que será publicada no “Diário Oficial” da União, foi informada na noite de anteontem ao criminalista pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Com 32 anos de carreira jurídica, o advogado defendeu, entre outros réus, o ex-deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), no processo do mensalão, e os ex-juízes Nicolau dos Santos Neto e João Carlos da Rocha Mattos.
Ele foi ainda presidente do conselho estadual de entorpecentes durante a gestão de Mário Covas (PSDB) e, recentemente, atuou na defesa do ex-executivo da Cegelec Jonio Foigel, no esquema de formação de cartel em São Paulo.
O mandato de juiz tem duração de dois anos e pode ser renovado pelo mesmo período. O nome do advogado foi aprovado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e integrava lista tríplice elaborada pela Justiça de São Paulo.
O Globo
PT, PMDB, e Collor loteiam a BR Distribuidora
A Petrobras Distribuidora (BR), maior distribuidora de combustíveis do país, é alvo da barganha de partidos políticos. Se na Petrobras a atual gestão comandada por Maria das Graças Foster vem conseguindo defender a estatal do assédio político sobre os cargos de diretoria, sua subsidiária, dona de 7.500 postos de combustíveis, enfrenta uma realidade bem diferente. De acordo com fontes do setor, a diretoria da BR é dividida entre PT, PTB e PMDB. Dos quatro principais dirigentes, dois foram indicados pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), presidente que sofreu impeachment em 1992 após um escândalo de corrupção.
Uma fonte próxima ao Planalto explicou que os cargos de diretoria da BR são ocupados por funcionários de carreira do sistema Petrobras, mas apenas após a indicação e o apoio desses partidos políticos.
Desde o fim do mês passado, a BR está com uma das cinco vagas da diretoria em aberto. No último dia 21, Nestor Cerveró foi demitido do cargo de diretor financeiro da BR, após a presidente Dilma Rousseff ter dito que aprovou a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, quando era presidente do conselho da Petrobras, baseada em um relatório que teria falhas técnicas e jurídicas. O relatório fora apresentado por Cerveró, que na ocasião ocupava o cargo de diretor internacional da estatal. Agora, a Petrobras já admite oficialmente que a compra de Pasadena não foi um bom negócio.
A saída de Cerveró da diretoria da área internacional da Petrobras para ocupar a diretoria financeira da BR, em 2008, não foi por conta da polêmica compra de Pasadena, em 2006, mas, sim, resultado de mais um acerto político do governo Lula. Segundo fontes, a saída de Cerveró fez parte das negociações de cargos do governo com o PMDB mineiro, que reivindicava uma diretoria na Petrobras.
PT recomenda que Vargas seja submetido ao Conselho de Ética
Os três integrantes da Executiva Nacional do PT responsáveis por analisar a situação do deputado André Vargas (PT-PR), suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, recomendaram que o caso seja enviado imediatamente ao Conselho de Ética do partido.
O relatório produzido por Carlos Árabe, Florisvaldo Souza e Alberto Cantalice foi encaminhado ao presidente do PT, Rui Falcão. Uma reunião extraordinária da Executiva do partido será marcada para a próxima semana, quando a recomendação de encaminhamento de Vargas ao Conselho de Ética será submetida ao voto dos 23 integrantes da Executiva. Se o processo for aberto no conselho, o deputado poderá ser expulso do partido, suspenso, receber uma advertência ou mesmo ser inocentado.
Rui Falcão, que sempre defendeu internamente a renúncia de Vargas ao mandato de deputado federal, passou a se pronunciar publicamente a favor da entrega do mandato, por temer que o noticiário negativo envolvendo o parlamentar interfira na campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff.
O PT mantém a pressão pela renúncia de Vargas e aposta que sua situação está hoje condicionada ao entendimento que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), terá em relação à continuidade do processo. De acordo com a secretaria geral da Mesa Diretora da Casa, caberá a Alves definir se a eventual renúncia de Vargas seria aceita imediatamente ou ficaria suspensa enquanto durar o processo no Conselho de Ética da Câmara.
CNMP vai investigar promotora que pediu lista de ligações na área do Palácio do Planalto
O corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Alessandro Tramujas Assad, abriu nesta quinta-feira um procedimento para investigar a promotora Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa, do Ministério Público do DF. O Conselho atendeu pedido da Advocacia Geral da União (AGU), que fez uma reclamação disciplinar contra Márcia por ela ter sido autora de um pedido de quebra indiscriminada de sigilo de telefones celulares na área do Palácio do Planalto.
Márcia será intimada na próxima terça-feira e terá um prazo para se manifestar. Depois disso, caso não seja convencido pelas explicações da promotora, o corregedor determinará a abertura de processo administrativo disciplinar e escolherá um relator. O processo corre sob sigilo. Alessandro Assad poderia não ter acolhido a reclamação da AGU.
Márcia solicitou a lista de ligações de celulares transmitidas pela torre de sinal de celular por onde passam as ligações do Planalto, entre 1º e 16 de janeiro. O pedido foi motivado por denúncia de que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, teria usado o celular de dentro do presídio, ao receber uma visita, nesse período.
Correio Braziliense
Pela terceira vez, Petrobras vira tema de discussão em disputa presidencial
Os embates verbais travados na última segunda-feira entre os três principais postulantes ao Planalto em 2014 envolvendo a Petrobras comprovaram que a principal estatal brasileira, independentemente ou não de a CPI ser instalada no Congresso, estará no centro do debate eleitoral de outubro. No Recife, Dilma Rousseff afirmou que “não deixará a oposição destruir a Petrobras”; em Brasília, Eduardo Campos rebateu que a “Petrobras não vai se transformar em caso de polícia”; e em Salvador, Aécio Neves declarou que “a presidente terá de devolver limpo o macacão da Petrobras”.
A Petrobras como centro do debate eleitoral, contudo, não é novidade. Isso ocorre desde 2002, quando Luiz Inácio Lula da Silva derrotou José Serra na corrida presidencial. A eleição marcou o fim dos oito anos de mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o candidato petista afirmou que, se eleito, toda a produção envolvendo a principal estatal brasileira seria nacionalizada: plataformas, estaleiros e outras compras governamentais.
Era uma resposta às suspeitas de superfaturamento na compra de plataformas no exterior e à estratégia, adotada pelo PSDB durante a gestão de FHC, de ampliar a participação externa da Petrobras, inclusive com a mudança do nome da empresa para Petrobrax. Naquele ano eleitoral, o volume de investimentos da Petrobras era de R$ 18,8 bilhões.
Quatro anos depois, na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva pela reeleição, o valor de investimento da empresa quase dobrou, saltando pra R$ 33,6 bilhões. Mas a Petrobras, novamente, apareceu na campanha. Lula e o PT afirmaram que, se os tucanos voltassem ao poder, privatizariam a Petrobras e outras empresas públicas, a exemplo do que fizeram com a Vale do Rio Doce e as companhias telefônicas, no biênio 1997/1998.
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