O Globo
Dilma reclama e PT agora tenta pisar no freio da CPI
A presidente Dilma Rousseff não está satisfeita com o presidente do PT, Rui Falcão, por causa da atropelada criação da CPI do Cachoeira. Dilma se queixou com ministros e petistas de que Falcão não podia ter saído atirando – e defendendo a criação da CPI – sem consultá-la antes.
Agora, o partido tenta puxar o freio de mão. Com o afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), internado desde sábado com insuficiência coronariana, se as assinaturas forem coletadas a tempo, caberá à vice-presidente Marta Suplicy (PT-SP) instalar a comissão na terça-feira.
A preocupação de Dilma com o anunciado descontrole da CPI foi tema da conversa, na sexta-feira, entre ela e o ex-presidente Lula, um dos entusiastas da investigação parlamentar sobre os negócios e relações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), já admite até abortar a CPI, se o Supremo Tribunal Federal (STF) concordar em enviar os autos das operações Monte Carlo e Las Vegas, da Polícia Federal, ao Conselho de Ética do Senado.
Braço-direito de Cachoeira trabalhava na Delta Construções
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O escritório da Delta Construções em Goiânia serviu para diversos encontros de negócios da quadrilha do contraventor Carlos Augusto Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso acusado de explorar jogos de azar em Goiás e no Distrito Federal.
De acordo com os relatórios da Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal em 29 de fevereiro, Cachoeira e integrantes do grupo usaram o escritório da empresa para, entre outras ações, obter junto à cúpula de Segurança Pública de Goiás o vazamento de informações sobre as operações realizadas pela Polícia Civil contra a prática do jogo ilegal.
O relatório mostra que a proximidade com a Delta também levou Cachoeira e Idalberto Matias, o Dadá, o seu braço-direito, a utilizarem as dependências da construtora em Goiânia para fazer reuniões. No relatório, Dadá é identificado como segurança da Delta, assim como André Teixeira Jorge, apontado como “laranja” de Cachoeira.
Sarney vai para UTI após cirurgia
O presidente do Senado, uma José Sarney (PMDB-AP), pode ser transferido hoje da UTI do Hospital Sírio-Libanês para uma unidade semi-intensiva. Sarney, internado desde sábado, foi submetido a um cateterismo, seguido de angioplastia, para desobstruir das principais artérias do coração. De acordo com seu médico, o cardiologista Roberto Kalil, o senador “correu sério risco de infarto”, mas está fora de perigo. Ele ficará hospitalizado por uma semana.
Américas: cúpula acaba sem consenso
A 6ª Cúpula das Américas, na Colômbia, com 30 chefes de Estado, terminou sem declaração final, por divergências sobre Cuba e Malvinas, e com dúvidas quanto à realização de novas edições do evento, que reúne líderes do continente.
Unirio apura fraude também em nutrição
Depois das fraudes envolvendo vagas de medicina, a diretoria da Escola de Nutrição da Unirio descobriu que uma aluna também frequentou as aulas com matrícula falsa. A reitoria começa hoje a investigar o caso, que será informado à PF.
Educação
Comissão especial da Câmara pode votar nas próximas semanas o Plano Nacional de Educação, com metas para 2020.
Digital & Mídia
O leilão para a rede 4G de telefonia móvel será em junho, embora a 3G cubra pouco mais da metade das cidades do país.
O Estado de S. Paulo
Esquema ilegal de Cachoeira movimentou R$ 400 milhões
Investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) mostram que o grupo de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, participou de esquemas ilegais que, juntos, movimentaram pelo menos R$ 400 milhões nos últimos seis anos. Entre os supostos crimes praticados estão contrabando, exploração de jogos de azar, corrupção e lavagem de dinheiro.
A organização criminosa atuava num raio de até 200 quilômetros do Palácio do Planalto, tendo como área de maior influência o chamado Entorno do DF. Era nesse território, com quase dois milhões de habitantes e baixo índice de desenvolvimento humano, que Cachoeira cooptava servidores públicos e policiais para atuarem como “soldados” da máfia dos caça-níqueis.
Planilhas de contabilidade apreendidas pela PF na operação Monte Carlo, a mais recente envolvendo a organização criminosa, apontam que as casas de bingo do Entorno rendiam ao grupo até R$ 346 mil por mês, chegando a R$ 2 milhões em oito meses. Os cassinos de Valparaíso (GO), segundo as investigações, eram os mais rentáveis. Na cidade, o grupo contava inclusive com o apoio de um funcionário no Fórum. Em Águas Lindas de Goiás, o sistema via web do bando registrou lucro bruto de R$ 86,6 mil no mês de fevereiro. A PF teve acesso aos dados depois de grampear integrantes do grupo e conseguir a senha do site.
Valores envolvidos podem ser ainda maiores, avalia PF
A conta feita até aqui pelos investigadores, sobre os valores movimentados pela organização criminosa comandada por Carlos Augusto Ramos ainda não é definitiva. Os dados foram levantados a partir dos relatórios da Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF) e Receita Federal nas operações em que aliados do bicheiro foram citados – mas outros indícios em poder dessas equipes sugerem que, apesar do alto volume de recursos, a contabilidade apresentada é subestimada.
Na Operação Monte Carlo, por exemplo, calcula-se que o grupo teria movimentado R$ 4,5 milhões apenas em bingos e máquinas de caça-níqueis de quatro cidades do Entorno. Tudo indica que outros R$ 36 milhões teriam circulado nas contas bancárias do grupo. A rede de empresas da família Queiroga, que lavava dinheiro para o grupo movimentou outros R$ 14 milhões.
Oposição quer ouvir Dirceu na CPI
Os partidos de oposição preparam uma estratégia para levar o “mensalão” de volta à cena com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ligações políticas do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Entre os primeiros requerimentos à CPI, a oposição pretende pedir a convocação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) e de seu assessor à época, Waldomiro Diniz.
Em um vídeo divulgado em 2004, Diniz aparece pedindo propina a Cachoeira em troca de facilidades em contrato do consórcio representado pelo empresário com a Loteria do Rio de Janeiro. A gravação da conversa foi em 2002, quando Diniz presidia a Loterj. Essa ligação Cachoeira-Diniz será usada como elo para uma eventual convocação de Dirceu.
Gravações atestam elo de assessor de Agnelo com o grupo
Ex-subsecretário de Esporte do governador Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, João Carlos Feitosa, conhecido como Zunga, é um dos mais frequentes interlocutores dos operadores do grupo comandado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Em entrevista ao Estado, Zunga nega trabalhar para Cachoeira. Ele se trai, no entanto, ao citar nomes de integrantes do grupo, como o do sargento Idalberto Matias (Dadá), antes mesmo de ser questionado sobre a ligação com essas pessoas.
“O Carlinhos (Cachoeira) eu conheço através do futebol, de peladas e vim a conhecer algum outro tipo de pessoas por outro tipo de amizades que eu tenho em Brasília… O Idalberto da mesma forma. Mas sem nenhum outra relação, não tinha conhecimento do que se passava das atividades deles”, disse.
Taleban faz maior ofensiva no Afeganistão em dez anos
Uma série de ataques simultâneos atingiu a capital, Cabul, e pelo menos quatro províncias, na mais ousada ação do Taleban contra o governo afegão e as forças estrangeiras desde o início da guerra, em 2001. Os principais alvos eram as bases da Otan e as embaixadas dos EUA, da Alemanha e da Grã-Bretanha. Onze policiais e 26 insurgentes morreram. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, classificou os ataques de”covardes”. No Paquistão, militantes do Taleban atacaram uma penitenciária em Bannu e libertaram 384 detentos.
Cúpula das Américas acaba em crise e pode ser a última
A 6ª Cúpula das Américas terminou ontem colocando em xeque a sobrevivência do encontro, que ocorre desde 1994. Sem consenso sobre a participação de Cuba nas próximas reuniões, não houve declaração política final e ministros admitiram que a cúpula de Cartagena pode ter sido a última.
Folha de S. Paulo
PF aponta nova ligação de Cachoeira com construtora
Investigações da Polícia Federal mostram que o grupo do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, usou uma segunda empresa para sacar recursos repassados pela construtora Delta, pivô do escândalo.
A PF suspeita que o dinheiro tenha origem em contratos da empreiteira com o setor público e que tenha sido usado pelo grupo de Cachoeira para financiar políticos na campanha eleitoral de 2010.
Essa hipótese pode se tornar um dos focos principais da Comissão Parlamentar de Inquérito criada pelo Congresso para investigar os negócios de Cachoeira, que deverá ser instalada amanhã.
Aliados avaliam deixar de apoiar governo Agnelo
PPS, PSB e PDT avaliam deixar de apoiar o governo de Agnelo Queiroz (PT) em consequência da crise política criada pelas suspeitas de envolvimento com o suposto esquema do empresário Carlos Cachoeira.
Investigação da Polícia Federal interceptou diálogos telefônicos que sugerem que uma construtora pagou propina para receber pagamentos prestados ao governo do Distrito Federal. Integrantes do governo de Agnelo foram flagrados em conversas com o grupo de Cachoeira.
Valor apreendido durante operação é de R$ 1,4 milhão
A Polícia Federal apreendeu R$ 1,4 milhão na Operação Monte Carlo, que prendeu Carlos Cachoeira. O relatório final, ao qual a Folha teve acesso, aponta que foram apreendidos ainda carros de luxo, “inúmeras” joias, dólares, euros e pesos argentinos.
Com um dos integrantes do esquema foram apreendidos “centenas” de cheques, somando R$ 853.997,55. O valor pode ser proveniente de apostadores. Todo o dinheiro foi depositado em juízo.
Lula e petistas aumentam pressões sobre ministros do STF no mensalão
Sob a supervisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, integrantes do PT se lançaram numa ofensiva para aumentar a pressão sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal que julgarão o processo do mensalão.
Parlamentares e petistas com trânsito no Judiciário foram destacados para apresentar aos ministros a tese de que o julgamento não deve ser político, mas uma análise técnica das provas que fazem parte do processo.
O medo dos petistas é de que os ministros do tribunal sucumbam a pressões da opinião pública num ano eleitoral. O mesmo movimento tenta convencer o Supremo de que o julgamento não deve acontecer neste ano.
Um dos petistas que participam da ofensiva disse à Folha que fez chegar a integrantes do STF a avaliação de que não há provas suficientes para condenação do ex-ministro José Dirceu e do ex-presidente do PT José Genoino.
Disputa de terra entre União e SP se arrasta no Supremo desde 69
Para o governo federal, 1969 ainda não terminou. Não por um fato histórico ou algum episódio sombrio nunca explicado, mas pela lentidão do Poder Judiciário Aquele ano só vai “acabar” quando o Supremo Tribunal Federal julgar uma ação em que a União tenta recuperar terras perto de Sorocaba cedidas pelo governo paulista, nos anos 20, a fazendeiros.
Desde março, esse processo que a União move contra São Paulo e os fazendeiros recebeu o título de caso mais antigo em tramitação no Supremo. Em 15 de março, o tribunal julgou um processo que teve início em 1959 e questionava concessões de terras por Mato Grosso.
Após correr risco de infarto, Sarney deve deixar UTI hoje
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), 81, foi submetido na madrugada de ontem a uma angioplastia para desobstruir uma artéria do coração. No procedimento cirúrgico, também foi implantado um stent (tubo para dilatar um vaso obstruído).
Ele está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) cardiológica do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde chegou na tarde de sábado.
Segundo o cardiologista Roberto Kalil Filho, coordenador da equipe que atende o senador, Sarney “correu risco sério de infarto, mas o resultado da cirurgia ficou muito bom”. O procedimento levou cerca de uma hora.
Não dá para crescer como China e Índia, afirma Levy
Um dos principais formuladores da política econômica do primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que o país deveria desistir de tentar crescer no ritmo acelerado de outros emergentes, como China e Índia, e ganharia mais se trabalhasse para tornar sustentável o crescimento do país.
“Não dá para querer crescimento de Índia e China, pois a Índia é quase o Brasil dos anos 1970”, diz o economista Joaquim Levy, que chefiou a Secretaria do Tesouro Nacional no início do governo Lula. Hoje, dirige a Bram, do Bradesco, especializada em gestão de investimentos.
A economia brasileira cresceu apenas 2,7% em 2011 e a taxa de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) deve se aproximar de 3% neste ano, segundo projeções do mercado. O governo quer crescer ao menos 4,5% e tem adotado medidas de estímulo à indústria e outros setores.
Cúpula é encerrada sem declaração final
A 6ª Cúpula das Américas terminou ontem na cidade colombiana de Cartagena sem uma declaração final. Como não houve consenso entre os países com relação a dois temas polêmicos -a inclusão de Cuba nos encontros e a reivindicação argentina pelas ilhas Malvinas-, decidiu-se por não produzir um documento final.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que não se poderia considerar o evento um “fracasso” por causa disso. “Não há declaração porque não há consenso”, disse, e comemorou o fato de ter sido possível discutir temas controvertidos.
Taleban lança “ofensiva da primavera” no Afeganistão
Militantes do Taleban lançaram ontem uma “ofensiva da primavera” em Cabul, alvejando embaixadas, o Parlamento e o quartel-general da Otan (a aliança militar ocidental), além de edifícios governamentais. Houve ainda ataques nas províncias de Logar, Paktia e Nangarhar.
Ao menos dois policiais e 17 insurgentes morreram nos ataques, qualificados pelo comando da Otan no Afeganistão de “ineficazes” e pelo Departamento de Estado de “covardes”. Ficaram feridos 14 policiais e nove civis.
A série de ataques -entre os piores na capital desde que o Taleban foi derrubado do poder, em 2001- demonstra a capacidade dos militantes de alvejar a fortificada zona diplomática, no coração do poder afegão, mesmo após dez anos de guerra.
Correio Braziliense
Demóstenes e irmão entram na mira do MP
O cerco se fecha para os irmãos Demóstenes e Benedito Torres. O Conselho Nacional do Ministério Público se reúne hoje para analisar as denúncias sobre a atuação suspeita de Carlinhos Cachoeira dentro do MP de Goiás, comandado por Benedito. As gravações telefônicas entre o senador e o bicheiro, reveladas pelo Correio, estão na pauta dos 14 conselheiros, que devem dar “encaminhamento” ao caso amanhã, ou seja, manifestar-se sobre o escândalo. Monitorados pelo Palácio do Planalto, partidos começam a definir os nomes dos parlamentares que integraram a CPI para investigar todos os tentáculos do grupo chefiado por Cachoeira, que continua preso em Mossoró (RN).
Declaração, só na última hora
A 15 dias para encerrar o prazo de entrega de dados do IR, apenas 36% dos 25 milhões de contribuintes acertaram suas contas com o Leão. O valor inicial da multa para quem perder a data é de RS 165, além do maior risco de cair na malha fina.
Acupuntura da discórdia
Magistrados e conselho, profissionais não se entendem sobre quem pode aplicar essa medicina chinesa. Impasse provoca confusão para os pacientes.
Cotas na UnB
Universidade é modelo na inclusão de índios, e negros, como Andressa Marques, que faz mestrado em literatura. O ensino a distância também é exemplo.
Cuba, pivô de impasse
Cúpula das Américas termina sem declaração conjunta e aumenta a tensão entre latino-americano, e Estados Unidos. Depois de festança, Hillary Clinton vem ao Brasil.
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