Folha de S. Paulo
Entrevista da 2ª: FHC
Aécio deve assumir ser nome tucano para a Presidência
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acha que o pré-candidato tucano ao Planalto em 2014, o senador mineiro Aécio Neves, deve antecipar seu discurso e se assumir já como postulante ao cargo.
Em entrevista à Folha e ao UOL na última sexta-feira, o tucano disse: “Eu acho que nossos políticos precisam voltar a tomar partido em bola dividida. A busca das coisas consensuais mata a política”. Aécio deve dizer agora que é candidato? “A ideia de que você precisa esperar, porque vai ser desgastado, não adianta. Joaquim Barbosa, presidente do STF, “tem bom senso” e “não entra nessa” de se candidatar ao Planalto. “Porque é outro caminho, não é o dele.” Seria um “erro”.
FHC reconhece que, no momento, é natural ganhar força a percepção geral de que o Estado precisa socorrer a economia. Só que, com crise externa, “os que estão no governo passaram a ter uma espécie de perdão para utilizar recursos públicos para reativar a economia”.
Aécio deveria acelerar a busca do discurso? Está na hora?
Acho. [Deve] assumir mais publicamente posições. Falar, fazer conferência, viajar. Nossos políticos precisam voltar a tomar partido em bola dividida. A busca das coisas consensuais mata a política. E mesmo se for o caso de ser candidato, que diga que é. Acho que ele deve assumir.
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Ex-chefe do INSS manteve relação com alvo da polícia
E-mails e documentos apreendidos pela Polícia Federal mostram que a quadrilha desarticulada na Operação Porto Seguro também mantinha relações próximas com o ex-presidente do INSS Mauro Hauschild, demitido há quase dois meses.
Apontado como chefe da quadrilha, Paulo Vieira, ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), ordenou a um auxiliar, em novembro de 2011, o pagamento de despesas de Hauschild, no valor de R$ 5.800, junto a uma incorporadora de imóveis.
Meses antes, já havia prestado outro favor ao amigo, ao levar para sua diretoria na ANA a mulher de Hauschild. Durante a gestão do hoje ministro do STF José Antonio Dias Toffoli na AGU (Advocacia-Geral da União), entre agosto e novembro de 2009, Hauschild ocupou o mesmo cargo que pertencia, até semana passada, a José Weber Holanda, um dos indiciados.
Cúpula da AGU se divide sobre reações de Adams à operação
A cúpula da Advocacia-Geral da União está dividida sobre como reagir às suspeitas de que o órgão esteve envolvido na venda de pareceres públicos para empresários. Como forma de se distanciar das denúncias, o ministro Luís Inácio Adams propôs dar “transparência extrema” aos atos de seu ex-braço direito na AGU, um dos indiciados pela Polícia Federal.
José Weber Holanda, que, além de assessor, era amigo do ministro, trocou e-mails com os líderes da quadrilha apontada pelo inquérito. Adams chegou a sugerir a divulgação não só de todos os pareceres assinados por Weber, mas também de todos os despachos burocráticos.
PF apura se esquema utilizou rádios para lavagem de dinheiro
A Polícia Federal suspeita que o grupo organizado por Paulo Viera, ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), tenha usado rádios e uma empresa com o mesmo endereço da faculdade controlada pela família em Cruzeiro (SP) para lavar dinheiro obtido com o tráfico de influência em órgãos da União.
Com a quebra de sigilo, a PF interceptou e-mails em que Vieira orienta seu grupo a fazer diversos depósitos na P1 Serviços, sempre com valores de R$ 9.000. O objetivo seria evitar que a operação provocasse alerta no sistema bancário e chegasse ao Coaf, o órgão de inteligência financeira do governo federal.
Relator do mensalão quer que ministros agilizem seus votos
O presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do mensalão, Joaquim Barbosa, quer que os colegas agilizem a redação final de seus votos para conseguir publicar o resultado oficial do julgamento, o chamado acórdão, o mais rápido possível.
A ideia inicial de Barbosa é garantir que todos os colegas enviem os respectivos posicionamentos até o final de dezembro, o que garantiria a divulgação do documento já no início do ano que vem.
O acórdão é fundamental para que se dê o início do cumprimento das penas dos 25 condenados. Isso porque os ministros devem rejeitar o pedido do Ministério Público Federal de prisão imediata dos réus considerados culpados.
PT mantém apoio a PSB contra crise em Pernambuco
Lançado à condição de coadjuvante em Pernambuco após a derrota eleitoral em Recife, o PT vai se manter na base do governo Eduardo Campos (PSB), mas com um olho voltado às articulações nacionais do líder socialista.
Os petistas querem evitar que a crise entre os partidos na eleição municipal contamine a relação na esfera estadual, o que significaria um embate direto com o governador, cotado para disputar a Presidência em 2014.
O PT pernambucano não se movimentará em direção à oposição enquanto Campos se mantiver ao lado da presidente Dilma Rousseff. O apoio ao socialista, porém, será calculado. Por precaução, a palavra “independência” não será usada pelos petistas para definir a relação com o governo. Mas, na prática, é o que deve acontecer.
Prefeita afastada afirma ter sido condenada por ‘indícios’
Afastada da Prefeitura de Natal há um mês sob suspeita de desviar dinheiro público, Micarla de Sousa (PV) diz ser um “arquivo vivo” e que foi “condenada moralmente” apenas por “indícios”. Em entrevista à Folha, a jornalista de 42 anos, cuja gestão era reprovada por 92% da população, afirma que seu “martírio” começou após “dizer não” a “poderosos e influentes” do Estado.
Ela não tentou a reeleição nas eleições deste ano. Quem assumiu a prefeitura foi seu vice, Paulinho Freire (PP). Segundo apurações do Ministério Público, havia uma rede de corrupção na prefeitura, alimentada por verbas da saúde e da educação.
Governo usa apenas 48% dos recursos para desastre
Antes mesmo do período mais crítico de chuvas, o Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), inaugurado em agosto pela presidente Dilma Rousseff, já emitiu alertas de emergência a 407 municípios atingidos por seca ou chuva. As previsões para os próximos três meses são de chuvas fortes, mas as principais ações para prevenção e resposta a desastres continuam à espera de recursos.
Até o fim de novembro, dos R$ 4,4 bilhões reservados no Orçamento de 2012 para programas em todo o país -sobretudo ações de prevenção na época de chuvas-, o governo se comprometeu a pagar menos da metade -48%, ou R$ 2,1 bilhões. Pagou efetivamente R$ 1,1 bilhão, ou 25%.
O governo federal divide o ônus da baixa execução orçamentária com municípios e Estados. Diz que, como beneficiários, eles precisam cumprir uma série de exigências. Um dos resultados dessa “dificuldade” em executar ações preventivas é que o governo precisa abrir os cofres para remediar tragédias.
Após protesto impedir sessão, Supremo egípcio decreta greve
Pressionada por manifestantes pró-governo, a Suprema Corte Constitucional do Egito anunciou ontem a interrupção por tempo indeterminado de suas atividades, agravando a instabilidade no país do norte da África.
A decisão foi tomada após juízes que deliberariam sobre a legitimidade da assembleia que aprovou o rascunho da nova Constituição do país terem sido impedidos de realizar a sessão por manifestantes favoráveis ao presidente islamita Mohamed Mursi.
Em nota, a Suprema Corte classificou o episódio como “o mais obscuro na história da Justiça egípcia” e disse que os magistrados só voltarão a trabalhar quando não forem mais vítima de “pressões psicológicas e físicas”.
Começa venda do 2º lote de ingressos para a Copa das Confederações
Começa hoje às 9h a segunda fase da venda de ingressos para a Copa das Confederações. Restam 219.050 bilhetes para as 16 partidas do torneio. O site da Fifa (www.fifa.com) é o único meio para comprar entradas. Pode-se pagar com cartão de crédito ou boleto bancário.
Os bilhetes para os jogos da fase de grupos custam entre R$ 57 e R$ 228, dependendo do lugar no campo e da distância para o gramado. A mais cara para a final sai por R$ 418. Caso a procura seja maior do que a oferta de ingressos, a Fifa fará um sorteio entre os torcedores.
Conferência do clima entra na fase final cercada de incertezas
A COP-18, conferência do clima da ONU que acontece até o fim da semana em Doha, no Qatar, entra hoje em sua fase decisiva ainda cercada de incertezas quanto ao principal objetivo do encontro: estabelecer uma extensão do Protocolo de Kyoto.
O panorama geral das negociações foi resumido pela secretária-executiva do evento, Christiana Figueres. Apesar de iniciar seu balanço da primeira semana da convenção de maneira otimista, ela admitiu que muita coisa inevitavelmente ficará de fora.
‘O que vier de Doha não será no nível de ambição que precisamos”, resumiu Figueres sobre as negociações, que envolvem quase 200 países.
Diferentemente da COP-15, que aconteceu em Copenhague em 2009 e foi cercada de muita expectativa sobre um grande acordo global, a atual convenção já nasceu com um perfil mais morno.
O Globo
Governo quer reduzir benefícios por invalidez
O governo quer reduzir as despesas com aposentadorias por invalidez e estuda fixar uma meta de corte de 40% na quantidade de benefícios até 2019. Para alcançar essa meta, está elaborando um plano de reabilitação dos segurados, tanto do ponto de vista da saúde quanto da profissão, que permita a reinserção dos profissionais no mercado de trabalho. De acordo com estimativas da Previdência, a medida levará a uma economia de R$ 25 bilhões por ano, quando todo o sistema estiver funcionando.
Ontem, O GLOBO noticiou que, sem uma reforma na Previdência, os gastos só com o pagamento de aposentadorias públicas vão consumir 46% do PIB em 2030. O percentual hoje é de 18,7%. As projeções levam em conta o envelhecimento da população, que ocorre em ritmo mais intenso que o previsto. Em relação às aposentadorias por invalidez, o cálculo do governo inclui, além dos gastos com trabalhadores da iniciativa privada, os funcionários públicos e ações específicas na concessão de auxílio-doença por prazos mais longos, entre quatro e seis meses.
PF cita secretário da área de portos
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário da Secretaria Especial de Portos (SEP) da Presidência, Rogério de Abreu Menescal, recebeu na sede do ministério o então diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira, que deixou claro estar na reunião “a pedido do Gilberto”. Vieira e o ex-senador Gilberto Miranda (PMDB-AM) foram indiciados pela Polícia Federal nas investigações da Operação Porto Seguro.
O encontro entre Menescal e Vieira, em 24 de abril deste ano, é descrito na parte do inquérito da PF dedicada às supostas intermediações feitas pelo ex-diretor da ANA para favorecer a instalação de um terminal portuário de uso privativo pertencente a Miranda no Porto de Santos (SP). Menescal não foi investigado pela PF.
Vieira ainda apresentou um dos sócios de Miranda a Menescal e afirmou – numa conversa telefônica no viva-voz com um servidor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) – que o secretário queria a cópia da declaração de utilidade pública de um terminal portuário vizinho. Segundo nota da SEP, Menescal aceitou o pedido de audiência de Vieira enquanto representante de órgãos públicos. O motivo só foi revelado durante a reunião: o empreendimento na Ilha dos Bagres a cargo de uma empresa ligada a Miranda, conforme a própria secretaria.
Guerra das teles faz preços caírem
De olho no Natal, operadoras de telefonia apostam em ofertas com descontos de até 45% em aparelhos e planos mensais. A disputa ficará mais intensa com as chegadas do iPhone5 e do mini iPad, previstas para as próximas duas semanas.
Julgamento do mensalão: Gurgel quer prisão imediata de réus
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deverá propor esta semana ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão imediata dos réus condenados do mensalão. O presidente da Corte, Joaquim Barbosa, relator do processo, poderá decretar as prisões ele mesmo ou submeter a questão aos demais ministros.
Se for decidido em plenário, o mais provável é que o pedido seja negado pela maioria do tribunal. Isso porque, em outros processos penais, o STF declarou que a prisão não é imediata, exceto quando o condenado oferece perigo à sociedade.
Como todos os réus do mensalão são primários, os ministros podem valer-se da mesma tese. Nesse caso, a expectativa é que as prisões só ocorram em 2013. O julgamento será retomado na quarta-feira, já que a sessão de hoje foi cancelada a pedido de alguns ministros.
Também esta semana, o tribunal vai decidir se os parlamentares condenados perderão o mandato imediatamente ou se isso dependerá de novo processo na Câmara. Os ministros estão divididos sobre a polêmica. Além desses dois assuntos, os ministros devem discutir também a redefinição de penas e multas já aplicadas aos condenados.
Nova retaliação: Israel suspende repasse à ANP
Em reação à votação da ONU que tornou a Palestina Estado observador, Israel anunciou que não repassará neste mês os US$ 120 milhões referentes a impostos arrecadados nos territórios palestinos.
Obra da Linha 4: Metrô vai custar 70% a mais
A construção da Linha 4 do Metrô, que vai ligar a Zona Sul à Barra, vai custar R$ 8,5 bilhões, 70% a mais do que os R$ 5 bilhões previstos. Segundo o governo estadual, o aumento ocorreu por conta da variação cambial e de mudanças feitas no projeto para tornar o sistema mais eficaz.
O Estado de S. Paulo
Paulo Vieira planejava trocar pareceres por apoio eleitoral
Paulo Vieira, apontado como chefe da organização desarticulada pela Operação Porto Seguro, pretendia se candidatar a deputado federal pelo PT. Informações reproduzidas nos relatórios de inteligência da Polícia Federal indicam que a campanha seria financiada por empresas favorecidas pelo esquema de compra de pareceres técnicos de órgãos públicos.
Diretor afastado da Agência Nacional de Águas (ANA), Vieira declarou a intenção de disputar uma vaga na Câmara a pelo menos quatro pessoas que tiveram diálogos grampeados pela operação – entre elas, a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha. Ele se filiou ao PT em 2003 em Gavião Peixoto (SP).
A campanha de Vieira seria financiada por empresas beneficiadas pelos pareceres encomendados pelo esquema, segundo depoimento do servidor que delatou o esquema à PF, o ex-auditor do TCU Cyonil Borges.
Ex-diretor de agência pagou dívida de R$ 2,3 mil do carro do irmão de Rose
O grupo comandado por Paulo Vieira pagou uma dívida de licenciamento de R$ 2,3 mil de um carro do irmão de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo. Relatórios da Operação Porto Seguro mostram que um irmão do diretor afastado da Agência Nacional de Águas (ANA) fez um pagamento em dinheiro para regularizar o Chevrolet Corsa 96/97 de Edson Lara Nóvoa.
Planalto vai exigir ‘ficha limpa’ dos servidores
O governo federal deve editar nos próximos dias o decreto que estabelece a “ficha limpa” na administração pública. O texto está sendo elaborado desde o início do ano, mas o Palácio do Planalto cobrou agilidade depois do escândalo de corrupção envolvendo servidores públicos federais infiltrados numa organização criminosa que vendia pareceres técnicos, investigados na Operação Porto Seguro. O texto final, após longas discussões entre os órgãos envolvidos, está na Casa Civil para subsidiar a decisão da presidente Dilma Rousseff.
Deflagrada há dez dias pela Polícia Federal, a Porto Seguro acendeu novo alerta no governo sobre a participação de servidores em esquemas de corrupção. Os principais integrantes da quadrilha ocupavam cargos na administração pública. Entres eles os irmãos Paulo e Rubens Vieira, que estavam na diretoria de agências reguladoras, e Rosemary Noronha, que era chefe de gabinete da Presidência em São Paulo.
Partidos usam R$ 180 milhões do Fundo Partidário para campanhas eleitorais
Reivindicado por legendas como o PT, o financiamento público de campanha já existe na prática. Nada menos do que R$ 180 milhões do Fundo Partidário foram destinados pelos partidos políticos para as campanhas eleitorais em 2012. O Fundo Partidário é financiado, principalmente, pelo Tesouro Nacional, ou seja, é dinheiro público. Todos os 29 partidos que disputaram as eleições municipais usaram essa verba – inclusive as siglas que se dizem contra o financiamento público de campanhas eleitorais.
O valor foi calculado pelo Estadão Dados com base no balanço final das prestações de contas publicado na sexta-feira à tarde pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em seu site na internet. É apenas 3% do total movimentado pelas eleições em 2012, mas é um recurso estratégico: ele é usado principalmente no começo da campanha, quando partidos e candidatos ainda não conseguiram arrecadar dinheiro de outras fontes.
Governo libera R$ 160 milhões para centrais
As centrais sindicais devem receber do governo federal este ano R$ 160 milhões. É mais que o dobro do que ganharam em 2008, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu a transferência de recursos. O dinheiro é arrecadado dos quase 45 milhões de trabalhadores formais. Não há obrigação de prestar contas nem fiscalização sobre o destino das verbas.
Promotores reagem a lei que limita poderes de investigação
Entidades de classe que representam o Ministério Público prometem iniciar nesta semana uma ofensiva a favor do poder de investigação do órgão. A ação é uma resposta à aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, aprovada em Comissão Especial da Câmara no dia 20 de novembro, que deixa averiguações criminais apenas a cargo das polícias Federal e Civil.
As Associações Nacionais dos Procuradores da República (ANPR) e dos Membros do Ministério Público (Conamp) preparam campanhas de conscientização da sociedade sobre a importância do poder de investigação do Ministério Público. O lançamento oficial da campanha será realizado em 11 de dezembro.
STF tem plano B para afastar deputados condenados pelo mensalão
Os ministros do Supremo Tribunal Federal devem chegar a uma conclusão prática semelhante, apesar de seguirem caminhos distintos na discussão sobre a perda de mandato dos três deputados condenados por envolvimento no mensalão: João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT). Parte do colegiado votará pela cassação dos mandatos. Outros ministros, mesmo entendendo que essa decisão cabe à Câmara, devem determinar a suspensão dos direitos políticos e consequente afastamento do mandato.
Por um caminho ou por outro, Cunha, Neto e Henry seriam afastados de seus mandatos após a conclusão do julgamento do processo e assim que os acórdãos e julgamento de todos os recursos pendentes contra a condenação forem publicados. Se seguir o caminho da cassação do mandato – pelas estimativas dos ministros, será a tese majoritária -, o Supremo travará um conflito com a Câmara. Caso se limite a suspender os direitos políticos dos parlamentares, a autonomia do Legislativo para cassar mandatos permanecerá intocável.
Juiz prorroga prisão de 25 por espionagem
A Justiça Federal prorrogou a prisão temporária de 25 arapongas da organização que espionava empresários e políticos, entre eles o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) e o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). A decisão é do juiz Raphael José de Oliveira Silva, da 2.ª Vara Criminal Federal, que acolheu pedido da Polícia Federal no âmbito da Operação Durkheim.
O alvo maior da PF é Itamar Damião, elo de dois braços do grupo, um de bisbilhotagem, outro de crimes financeiros. O juiz anotou sobre “justo receio de que os investigados possam, caso soltos, obstruir as investigações e coagir as vítimas”.
Warren Buffet como inspiração
Seguindo os passos do bilionário americano, donos do frigorífico JBS querem lucrar com a compra e venda de empresas. A holding da família Batista controla 7 companhias, com ativos de R$ 55 bilhões.
‘Sim, agora temos um Estado’
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, foi recebido como herói em Ramallah, depois que a ONU elevou o status dos palestinos para Estado observador das Nações Unidas. Israel congelou o repasse de US$ 100 milhões em impostos que faria este mês à AP.
Monotrilho terá estação a 100 m de Congonhas
Estado e Infraero definiram a Rua Rafael Iório, a 100 metros de Congonhas, como local da estação da Linha 17-Ouro do Metrô que atenderá o aeroporto. A Linha 17 vai usar monotrilho e será inaugurada em 2014, depois da Copa.
Governos discutem em Dubai o futuro da internet
A internet foi criada com uma lógica descentralizada. Ela se espalhou pelo mundo, mudou a relação entre pessoas, governos e países, mas sua gestão até hoje segue o mesmo molde: várias instituições, de várias áreas, decidem o futuro da rede em conjunto. O sistema funcionou até hoje, mas agora pode mudar.
Quem paga a conta dessa enorme rede de comunicação? A internet pode ter um modelo tarifário semelhante ao da telefonia? As empresas que consomem mais banda, como Netflix e YouTube, precisam pagar pela infraestrutura? Os países podem criar suas próprias regras e filtrar a internet internamente?
Essas são algumas questões que serão discutidas a partir de hoje por 193 países em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, durante a Conferência Mundial de Telecomunicações Internacionais (WCIT, na sigla em inglês). O encontro é organizado pela União Internacional de Telecomunicações (UTI), das Nações Unidas.
Correio Braziliense
O discurso do ministro da Justiça no Congresso
Convocado para falar amanhã, às 10h, no Congresso sobre a Operação Porto Seguro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tem uma tarefa árdua. Ao mesmo tempo em que terá de marcar posição e defender a atuação da corporação que comanda, a Polícia Federal, deverá isolar o governo Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — neste caso para evitar reflexos no Planalto. No roteiro ideal para os governistas, Cardozo acrescentará pouco além do que já foi divulgado sobre a operação da PF.
Os esclarecimentos serão prestados nas comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Seu discurso será centrado na defesa da atuação “republicana” da Polícia Federal, que teria comandado uma operação de Estado, não de governo. Cardozo tentará destacar que ninguém foi poupado. Assim pretende acalmar os ânimos da oposição que insiste em chamar a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary de Noronha e os diretores da Anac e da ANA, Rubens e Paulo Vieira.
Dilma e Congresso: Dois anos entre tapas e beijos
A presidente Dilma Rousseff se aproxima do fim do seu segundo ano de mandato e contabiliza episódios de falta de entrosamento com o Congresso Nacional. Parlamentares deram sinais de desgaste mais evidentes e projetos como o Código Florestal e o de partilha dos royalties do petróleo não caminharam de acordo com o esperado. Deputados e senadores ainda reclamam do tratamento distante dispensado a eles pelo Planalto e não há sinais de mudanças. Dilma conta com a alta popularidade e, na avaliação palaciana, nenhuma das discussões vitais para o governo terminou de forma desfavorável.
A relação entre Dilma Rousseff e Congresso sempre teve solavancos, mas, até o início deste ano, o governo conseguiu aprovar projetos vitais. Dois temas que tiveram tramitação conturbada, porém, com desfecho favorável para a presidente, foram a desvinculação de receitas da União (DRU) e a criação do fundo de aposentadoria dos servidores públicos (Funpresp). Medidas complicadas e nada populares foram discutidas e aprovadas no período em que a presidente ainda desfrutava da lua de mel com o eleitorado, comum a mandatários nos primeiros meses pós-eleições.
Marca da gestão nos primeiros dias
O ministro Joaquim Barbosa mostrou em sua primeira semana no cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) a marca que pretende deixar ao longo dos dois anos de gestão. A popularidade conquistada como relator do mensalão rendeu ao ministro inúmeros convites para participar de eventos. O mais recente partiu do bloco-afro da Bahia Ilê Aiyê, que pretende homenagear in loco o primeiro negro a chegar ao comando do STF.
Na última segunda-feira, Joaquim Barbosa conduziu sua primeira sessão como presidente do STF. Mostrou-se um coordenador. Não se envolveu em embates. Conduziu bem o penúltimo dia de dosimetria do julgamento do mensalão, do qual é o relator. Ele também conseguiu imprimir celeridade à análise, conseguindo definir em uma só tarde as penas de seis réus.
No dia seguinte, terça-feira, estreou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele presidiu a sessão que terminou com mais rapidez que o habitual. Os encontros quinzenais do CNJ costumam se arrastar até as 13h, antes do almoço, e, na volta, se estendem até a noite. Com Barbosa foi diferente. Às 11h30, a reunião foi suspensa e, à tarde, foi encerrada antes das 17h30.
Reforma política na pauta da Câmara
Pelo menos desde 1998, durante a campanha de reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso, o Brasil espera por uma ampla mudança no sistema eleitoral e em normas que regem os atos políticos do país. De lá para cá, apenas pontos isolados viraram lei e outras dezenas, em discussão desde aquela época, continuam em suspenso. As ameaças de votação da reforma política no Congresso Nacional são constantemente desfeitas por causa dos interesses partidários envolvidos. Agora, mais uma vez, o tema foi anunciado para entrar na pauta da Câmara dos Deputados desta semana. Mas, ao que tudo indica, não passará novamente da análise de um pequeno punhado de itens com mais chances de consenso.
Em cenário de Pibinho, dólar chega às alturas
Após medidas de incentivo ao consumo, que não foram suficientes, governo pode mexer no câmbio. Em tese, real fraco traria competitividade à indústria nacional.
SUS deve baixar idade mínima para bariátrica
Cirurgia de redução de estômago seria autorizada a partir dos 16 anos. Medida deixaria o sistema público ainda mais sobrecarregado, apontam especialistas.
Começa a corrida pelos ingressos
Quem não aproveitou a pré-comercialização tem hoje a oportunidade de concorrer a um dos assentos do Mané Garrincha para assistir à estreia da Seleção na Copa das Confederações.
De melhor amigo a ótimo negócio
O mercado pet movimentou este ano cerca de R$ 13 bilhões. O segmento se multiplica em produtos e serviços, que vão de roupinhas a plano de saúde. As irmãs Carolina (E) e Daniella Nardelli não economizam com suas mascotes.
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