Pouco antes do Palácio do Planalto anunciar o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) como novo ministro do Esporte, o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) já destacava as qualidades do comunista, que até então era cotado para assumir a vaga. Para ele, Aldo poderia assumir “qualquer cargo neste país, pois tem qualificação para isso”.
No entanto, pesava contra o novo ministro o fato de ter sido relator do projeto do novo Código Florestal, que foi aprovado com medidas que contrariavam posições do governo, principalmente nas metas de proteção ambiental e nas brechas que anistiavam ruralistas que já desmataram. A aprovação do projeto foi a primeira derrota do governo no Congresso, ao final de maio.
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Para Vaccarezza, este foi apenas um episódio que não poderia ser levado em conta neste caso. “Aldo é do quadro político nacional de grande envergadura. Eu acho que ele é um nome respeitável e leal às causas populares”, disse. O ex-ministro Orlando Silva, também do PCdoB, deixou o cargo ontem.
O novo ministro foi bem recebido pelos parlamentares do Congresso Nacional. O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP) afirmou que Aldo conta com o apoio do partido. “Ele é um político íntegro e experiente, de vários mandatos e um homem respeitado por todos nós , por isso tem nossa confiança”, disse. Mas o deputado também pediu para que Aldo faça uma faxina no ministério. “Espero que os valores e princípios que norteiam a sua conduta o permitam manter com firmeza as suas responsabilidades como homem de Estado e que ele faça a limpeza necessária no ministério, inclusive em relação a pessoas de seu partido.
A nomeação de Aldo Rebelo também repercutiu nas redes sociais. O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN) parabenizou o novo ministro em seu Twitter e acrescentou que ele é respeitado por correligionárioas e adversários da luta política. “(Ele tem como) a sua principal qualidade a capacidade de ouvir e dialogar”.
Porém, para o líder do DEM na Casa, deputado ACM Neto (BA), a manutenção do PCdoB no ministério é “trocar seis por meia dúzia”, conforme publicou em seu Twitter.
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