Em cerimônia realizada no Senado em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, foi às lágrimas ao falar da líder feminista Tereza Zerbini, com quem esteve presa durante a ditadura militar, nos anos 1970, e que estava presente à sessão. Dilma chorou ao lembrar do período em que esteve presa com a amiga no presídio de Tiradentes, no Rio Grande do Sul.
"Ela mostrou imensa solidariedade em alguns momentos, quando recebíamos algumas visitas não muito agradáveis", afirmou a ministra. "Me sinto honrada em participar desta homenagem", acrescentou a ministra, em meio a lágrimas.
Cinco dias após ter sido apresentada pelo presidente Lula como “mãe” do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Dilma admitiu a “maternidade” da iniciativa com a qual o governo espera fazer a economia crescer ao ritmo anual de 5%. A ministra-chefe da Casa Civil negou, no entanto, que seja pré-candidata à sucessão do presidente Lula. "Eu sei que vocês (imprensa) falam, mas não é algo com que eu compactue (a candidatura)", afirmou.
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“Eu acho que é um título simbólico, que simboliza a coordenação. Para o bem ou para o mal, eu sou a mãe do PAC. Tanto nos momentos difíceis dele, quando diziam que era uma pirotecnia, quanto nos momentos bons do PAC, quando as obras saem e você consegue resolver, é responsabilidade da coordenação", declarou, após participar da cerimônia do Senado.
Na sessão, cinco personalidades foram premiadas por terem dado contribuição relevante à defesa dos direitos da mulher e das questões de gênero. Receberam o Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz a ex-deputada Jandira Feghali, a cientista e professora Mayana Zatz, a escritora e pioneira do feminismo no Brasil Rose Marie Muraro, a parteira Maria dos Prazeres de Souza e a ex-comissária de bordo Alice Editha Klausz. Além delas e de Terezinha Zerbini, também foi homenageada (in memorian) Leocádia Prestes, mãe de Luiz Carlos Prestes. (Edson Sardinha)
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