Na primeira aparição pública após a CPI dos Correios ter sido pedido seu indiciamento por vários crimes, o marqueteiro Duda Mendonça disse ontem, durante palestra em Salvador, que está "com muita coisa entalada na garganta" e que no momento certo irá falar tudo. Numa palestra sobre marketing político a estudantes de pós-graudação, em Salvador, Duda disse que considera normal o fato de o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), ter solicitado o seu indiciamento ao Ministério Público Federal.
Criticou, contudo, sem citar nomes, alguns parlamentares integrantes da comissão. "Fui acusado de muita bobagem e besteira na CPI. Só batiam em mim e eu parecia um pateta porque não podia falar para não ser preso. Conheço todos eles e, no momento certo, vou abrir a boca e dar a resposta, porque não temo nada", afirmou. Para ele, seu maior erro foi ter falado toda a verdade.
O marqueteiro disse que não fará campanhas políticas no Brasil, mas poderá trabalhar no exterior. Durante as 2h30 de palestra, disse que votará em Lula. "Vou torcer para o Lula ser reeleito", disse o publicitário, ao responder qual seria o seu candidato em outubro. Ele sugeriu ao presidente que, em vez de partir para a disputa com a oposição, faça uma campanha mostrando suas realizações.
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"Vamos presenciar uma das maiores guerras de nossa história. Existe um partido que tomou o poder e outro que está louco para recuperar", declarou. Para ele, se o presidenciável tucano fosse o ex-prefeito de São Paulo José Serra, seria mais fácil para o presidente. "Alckimin é o novo", completou.
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