Lúcio Lambranho, enviado especial à América Central
Manágua (Nicarágua) – A mediação do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, para crise política de Honduras depois do golpe de estado que derrubou o presidente Manuel Zelaya foi encerrada sem nenhuma solução agora há poucos minutos em San Jose, capital costaricense.
O representante do governo golpista, Carlos Lopez, disse numa entrevista coletiva que as proposta de Arias são “totalmente inaceitável”. O presidente da Costa Rica propos o retorno imediato de Zelaya ao poder como o primeiro ponto de uma proposta que contém outros sete itens.
Apesar de reconhecer que a negociação não avançou, o presidente da Costa Rica disse que vai tentar por mais 72 horas uma nova maneira de mediar uma solução pacífica para o golpe de estado. “Se um soldado usa sua arma contra um cidadão ou vice e versa pode acontecer uma guerra civil, um derramento de sangue e isso o povo hondurenho não merece. Por isso, minha consciência manda que eu tente novamente por mais três dias. É o que me proponho fazer”, declarou Arias.
A representante de Zelaya na negociação, Rixi Moncada, lamentou a “intransigência” dos golpistas e seguidores do presidente Roberto Micheletti. “A negativa dessa proposta do presidente Arias mostra o que a comunidade internacional já sabe. Que um golpe militar quebrou a ordem constitucional em Honduras. Por isso, para os representante do governo de Zelaya, que estão todos no exílio, a negociação está encerrada”, disse na mesma coletiva em San Jose.
O secretário geral da OEA, Miguel Izulza, convocou uma coletiva de impresa para tratar do golpe de estado em Washington no final da tarde de hoje, às 18hs horário de Brasília.
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