Em inflamado momento em seu discurso de defesa, o deputado José Dirceu (PT-SP) bradou que não há provas contra ele, e que não quebrou o decoro parlamentar. Como se encarasse cada deputado, um a um, ele desafiou: “Tenho 11 anos de Casa, de exercício de mandatos parlamentares. Todos aqui me conhecem muito bem. Desafio qualquer um, aqui presente, a afirmar que recebeu proposta indecorosa ou ilícita de minha parte. Se acaso recebeu, que se manifeste”, desafiou Dirceu.
Para tentar demonstrar sua idoneidade, ele lembrou que durante 30 meses, ficou à frente da Casa Civil e nunca chegou a ser questionado por atos de improbidade administrativa. Remarcou, também, que teve as contas de sua gestão aprovadas, sem restrições.
A respeito da acusação de ser o chefe do mensalão, enfatizou: “a Casa me julga e se coloca em julgamento”. Nesse instante, lembrou que a CPI da Compra de Votos, instalada para apurar a existência do mensalão, foi encerrada, por decurso do prazo de duração, sem concluir pela existência do compra ilegal de votos no Congresso.
Enfatizou, ainda, que até agora não se comprovou o repasse de dinheiro de origem pública ou ilícita para os partidos políticos. Dirceu afirma que somente comprovou-se a prática do caixa dois, pela qual o PT já teria se desculpado à nação e estaria respondendo judicialmente.
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