O governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou hoje (23) que é preciso reduzir a agressividade da disputa eleitoral para dar condições de governabilidade a partir da próxima segunda-feira, um dia após o segundo turno.
"Não é bom partir para a tática do confronto. Nós não corrigimos um erro cometendo o mesmo erro", declarou o petista. De acordo com o portal G1, emissários da campanha do presidente Lula mantiveram diálogos com os governadores reeleitos de Minas Gerais, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra. Os dois governadores são do PSDB.
Jaques Wagner não revelou o conteúdo das conversas com os tucanos, mas declarou apenas que a proposta de baixar o tom para preparar a governabilidade pós-eleição teve boa receptividade.
"Contra atacar na mesma moeda não vai ajudar em nada. Quando acabar a partida, quando der o apito final, esse jogo vai cessar. Não acredito em terceiro turno. A moçada vai querer estabilidade depois da eleição", avaliou Jaques Wagner sobre a possibilidade da campanha do presidente Lula usar acusações contra familiares de Alckmin na disputa eleitoral.
Geraldo Alckmin já foi alvo de ataques do PT devido aos 400 vestidos que a mulher do presidenciável tucano recebeu de um empresário da moda. Alckmin também foi criticado por conta de sua filha, que era funcionária da empresa Daslu, cuja dona é alvo de investigação da Polícia Federal por sonegação fiscal e contrabando. "É elogiável que uma filha de governador trabalhe. Até onde sei, ela não tem responsabilidade nos erros da dona da Daslu", afirmou Jaques Wagner. (Rodolfo Torres)
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