O apresentador e estilista Clodovil Hernandes (PTC), terceriro mais votado em São Paulo para deputado federal, esteve hoje no Congresso, onde começa a trabalhar a partir de fevereiro. Vestido com um terno cáqui sem gola de botões amarelos, uma gravata azul e um lenço no bolso do paletó, ele disse que a imprensa interpretou de forma errada a entrevista publicara pelo jornal argentino Perfil em que ele afirma que aceitaria dinheiro em troca do voto no plenário.
"O que eu disse é que todo homem tem seu preço e que R$ 30 mil era muito pouco. Com R$ 30 milhões, você pode ajudar alguém ou fazer algo pelo seu país, mas mesmo assim não vale a pena", explicou.
O estilista encontrou-se com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e disse que não foi repreendido pelas declarações, mas, ao contrário, "arrancou lágrimas" do parlamentar. "Ele não fez e não me faria nenhuma advertência porque vocês da imprensa é que deveriam ser advertidos. Sou uma pessoa de muito bom coração e o Aldo percebeu isso, porque arranquei lágrimas dele", ressaltou.
O deputado eleito afirmou que jamais falaria uma "barbaridade dessas" antes mesmo de tomar posse no cargo. "Eu não sou analfabeto, idiota nem bebo", afirmou. Clodovil disse ainda que será o parlamentar do "amor e do afeto" e que não se sentiu mal com a repercussão da entrevista ao jornal argentino. "Sou que nem cachorro, é só passar a mão que abano o rabo."
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Sobre a corrida presidencial, o apresentador não disse se apóia o presidente Lula ou o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Porém, aproveitou a oportunidade para ironizar a postura de ataques da campanha do tucano contra os petistas. "Temperaram um pouquinho o chuchuzinho e ficou ótimo."
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