O ministro das Relações Instituicionais, José Múcio Monteiro, disse há pouco que os ministros passarão a ter espaço na agenda para reuniões com parlamentares. O objetivo é melhorar a relação com o Congresso Nacional e evitar novas derrotas como a da CPMF.
“Vamos trabalhar coma uma maior troca de informação. Esse trabalho conjunto vai possibilitar a mudança das relações”, avaliou Múcio em entrevista coletiva. O anúncio de José Múcio – responsável por fazer a ligação entre os congressistas e o governo – ocorreu após a reunião interministerial coordenada pelo presidente Lula.
Segundo ele, os ministros que têm perfil político serão colocados na comissão de frente das negociações. “É preciso aproveitar o talento político que cada um tem”, disse. Apesar da promessa de maior liberdade para os ministros, Múcio disse que todas as informações serão centralizadas nele.
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Reforma tributária
Sem dar detalhes, José Múcio também informou que o governo federal deve apresentar no início de fevereiro uma proposta de reforma tributária. Na mesma época, o resultado das sugestões de cortes no orçamento deverá ser apresentado na Comissão Mista de Orçamento. Com o fim da CPMF, em 31 de dezembro, o governo teve que refazer os cálculos do orçamento sem contar com os R$ 40 bilhões que pretendia arrecadar com a contribuição em 2008.
Segundo o ministro das Relações Institucionais, a rejeição da CPMF no Senado teve caráter "pedagógico". Na avaliação dele, foram vários os erros políticos cometidos pelo governo nos últimos meses, a começar pela demora nas nomeações reivindicadas por aliados.
Múcio afirmou ainda que o presidente Lula orientou que a oposição seja tratada, a partir de agora, como "adversária", e não como "inimiga". "Temos de acabar com essa história de quem é contra é inimigo. É adversário e pode somar", disse o ministro. (Erich Decat)
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