O Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul apresenta, hoje, denúncia criminal contra 27 acusados de integrar a máfia dos caça-níqueis desmontada pela Operação Xeque-Mate. Entre eles, o irmão mais velho do presidente Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, e o compadre do petista, Dario Morelli Filho.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, Vavá será denunciado por tráfico de influência e exploração de prestígio, em um processo que pode ser desmembrado e remetido à Justiça de São Paulo. O relatório da Polícia Federal aponta que Vavá tentava "vender facilidades" dentro do governo, usando o nome de Lula, em troca de dinheiro. Mas a PF ressalta que ele agia sem o consentimento do presidente.
Dario Morelli deve ser denunciado por formação de quadrilha, exploração de jogo de azar, contrabando, falsidade ideológica e sonegação fiscal. Ele é tido pela PF como sócio do chefe da máfia, Nilton Servo, na exploração de caça-níqueis em Ilhabela (SP).
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"Dario Morelli Filho gerencia pessoalmente a sala de jogos Deck Vídeo Bingo, ficando claro nos áudios que ele e Servo também possuem máquinas instaladas em outros estabelecimentos comerciais daquela cidade (Ilhabela)", afirma o relatório da operação.
Morelli também é acusado de "fazer o pagamento de propinas aos policiais corruptos que, em contrapartida, não reprimem a atividade ilícita de exploração do jogo de azar". Segundo a PF, "um dos policiais civis que recebia propina de Morelli é o investigador conhecido apenas pela alcunha de Beto, lotado na delegacia de Ilhabela".
Detido com outras 80 pessoas no dia 4, quando a operação foi deflagrada, o compadre de Lula não teve o pedido de prisão preventiva renovado e foi solto na semana passada. (Carol Ferrare)
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