Os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) em Cuiabá vão oferecer denúncia, esta semana, contra pelo menos 50 pessoas acusadAs de fazerem parte da máfia das ambulâncias,por crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em processo de licitação, crimes contra ordem tributária e formação de quadrilha.
A quadrilha foi descoberta na Operação Sanguessuga da Polícia Federal, deflagrada no início deste mês. A PF acredita que o bando tenha movimentado mais de R$ 110 milhões no esquema que contava com a participação de funcionários do Ministério da Saúde, assessores parlamentares, vários deputados, um senador, prefeitos e empresários que forneciam as ambulâncias a um preço superfaturado.
Os parlamentares envolvidos no esquema estão sendo investigados pela Procuradoria Geral da República (PGR) porque têm foro privilegiado. Segundo informações da assessoria de imprensa da PGR, até a semana que vem o procurador-geral, Antonio Fernando de Souza, deverá oferecer denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Quatorze acusados continuam sendo procurados pela Polícia Federal, cujas prisões foram ratificadas pelo STF na semana passada. Na denúncia, os procuradores Mário Lúcio Avelar e Paulo Gomes, vão sustentar, com base em depoimentos e gravações telefônicas autorizadas pela Justiça, que a quadrilha liderada pelo empresário Darci Vedoim, dono da empresa Planam, agia nos gabinetes do Congresso e do Ministério da Saúde.
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A PF instaurou 129 inquéritos e descobriu que a fraude milionária na compra de ambulâncias e produtos hospitalares foi aplicada com recursos da União em seis estados: Acre, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Distrito federal.
Na investigação, foram identificados pagamentos de empresas para contas de assessores de congressistas. Também foi realizada uma comparação entre as declarações fiscais e o recolhimento da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
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