Tudo sobre o mensalão
Tudo sobre o caso Cachoeira
A recomendação ocorreu após análise de queixa-crime apresentada por parlamentares líderes da oposição no Congresso. No documento, os autores acusaram o ex-presidente de praticar os seguintes crimes em conversa mantida com o Gilmar Mendes: coação no curso do processo, tráfico de influência e corrupção ativa. “O ex-presidente Lula pretende estabelecer um cerco sobre o STF e a CPMI do Cachoeira”, disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), na época.
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O MPF-DF informou que, durante a investigação preliminar, não obteve resposta de Gilmar Mendes em dois ofícios enviados ao seu gabinete. Por isso, os procuradores acabaram analisando as entrevistas concedidas pelo ministro na oportunidade. Para os procuradores, não houve um pedido específico de Lula no sentido de ver adiado o julgamento do mensalão. Uma das declarações de Gilmar foi: “Lula manifestou um desejo e eu disse da dificuldade que o tribunal teria, ele não pediu a mim diretamente”.
Já o ex-ministro da Justiça e ex-presidente do STF Nelson Jobim, que presenciou a conversa entre Gilmar e Lula, disse ao MPF-DF que “em nenhum momento” aconteceu o pedido para adiar o julgamento em troca de blindagem na CPI do Cachoeira. De acordo com o Ministério Público, Jobim relatou que “em nenhum momento o ex-presidente mencionou ter controle sobre a CPI do Cachoeira ou ter qualquer influência sobre seus trabalhos”.
Os integrantes da oposição apresentaram a queixa-crime no fim de maio, motivados por reportagem da revista Veja. A semanal disse que Lula ofereceu blindagem a Gilmar na CPI do Cachoeira caso o julgamento do mensalão fosse adiado. Ele teria se referido a um suposto encontro em Berlim, na Alemanha, com o ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), acusado de ter atuado como lobista do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
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