O Ministério Público de São Paulo pediu o bloqueio dos bens do Partido dos Trabalhadores, do chefe de gabinete do Palácio do Planalto, Gilberto Carvalho, e mais seis pessoas acusadas de participar de um esquema de corrupção na prefeitura de Santo André.
De acordo com a Folha Online, promotores do Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco) entraram, ontem, com ação civil pública a fim de garantir o ressarcimento de R$ 5,3 milhões a empresários que teriam sido lesados. O MP-SP ainda solicitou o pagamento de multa de até R$ 16 milhões.
De acordo com a ação, o esquema de corrupção funcionou entre 1997 e 2001. Na época, o secretário de Serviços Municipais, Klinger Luiz de Oliveira Sousa, teria liderado uma quadrilha a fim de extorquir os empresários da área de transportes da cidade.
“Sob pena de restrições administrativas, os empresários eram obrigados a pagar mensalmente à quadrilha R$ 500 por ônibus que circulava na cidade. Os promotores estimam que nos quatro anos a quadrilha extorquiu R$ 5,3 milhões dos empresários.”, informa a matéria de Regiane Soares.
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O Ministério Público acredita que o esquema seria a verdadeira causa do assassinato do prefeito Celso Daniel (PT). De acordo com as investigações, o petista tentou acabar com a ação da quadrilha quando constatou que o dinheiro servia para enriquecer os próprios criminosos.
A assessoria de Gilberto Carvalho informou que ele só irá se pronunciar após tomar conhecimento da ação e afirma que o chefe de gabinete da presidência está com a “consciência tranqüila”. Os assessores do PT também disseram que a legenda só tomará as providências após a notificação.
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