O Ministério Público Federal ofereceu nesta segunda-feira denúncia na Justiça Federal contra integrantes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) que, no dia 6 de junho, invadiram a Câmara, destruindo suas dependências e ferindo cerca de 40 pessoas. Caso seja aceita, os integrantes do MLST passarão a ser réus e responderão a processo pelos crimes ocorridos naquele dia.
Os procuradores federais, segundo reportagem de O Globo de hoje, não informaram quantos sem-terra foram denunciados. No fim de junho, a Polícia Federal concluiu a primeira parte do inquérito, com o pedido de indiciamento de 115 dos 496 integrantes presos em flagrante. Eles deverão responder por lesão corporal, dano qualificado ao patrimônio público e formação de quadrilha.
Entre os indiciados pela Polícia Federal há 42 sem-terra (incluindo nove mulheres) que permanecem presos no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. Entre eles está Bruno Maranhão, líder do movimento. Também estão presos os líderes regionais do MLST e invasores identificados pelas imagens do circuito interno da Câmara e de emissoras de TV.
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Neste grupo, estão ainda militantes que participaram de uma reunião na sede da Contag em Brasília, na véspera da invasão, quando os sem-terra planejaram detalhes da invasão. As imagens do encontro, gravadas por um dos militantes do movimento, foram apreendidas pela PF e fazem parte da denúncia dos procuradores.
Os detalhes da denúncia serão conhecidos hoje de manhã, quando a equipe de procuradores da República no Distrito Federal da área criminal dará entrevista coletiva.
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