Edson Sardinha
O ex-senador e ex-ministro da Saúde Jamil Haddad será sepultado às 17h desta sexta-feira (11) no Cemitério São João Batista no Rio de Janeiro. Haddad morreu em casa nesta madrugada, vítima de infarto, aos 83 anos de idade. Dono de um extenso currículo político, ele era presidente de honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB), do qual foi um dos fundadores.
Ministro da Saúde entre 1992 e 1994 no governo Itamar Franco, Haddad foi responsável pela ampliação da abrangência do Sistema Único de Saúde (SUS) e autor do decreto dos medicamentos genéricos.
Nascido no Rio em 1926, Haddad formou-se em medicina em 1949 pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua trajetória política começou em 1962, quando se elegeu deputado estadual pelo então estado da Guanabara. Reeleito em 1966, teve seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos por dez anos pela ditadura militar.
Em 1979, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) com Leonel Brizola. Quatro anos mais tarde, comandou a prefeitura do Rio por nove meses, por indicação do então governador Brizola.
Assumiu uma cadeira no Senado em 1985, herdando a vaga deixada por Saturnino Braga, então eleito prefeito da capital fluminense. Participou da reorganização do PSB, partido que presidiu entre 1986 e 1993.
Como parlamentar constituinte, Jamil Haddad defendeu bandeiras nacionalistas e a reforma agrária. Em 1990, foi eleito deputado federal, cargo do qual se afastou para comandar o Ministério da Saúde no governo Itamar Franco (1992-1995). No início do primeiro governo Lula, dirigiu o Instituto Nacional do Câncer (Inca) por cinco meses.
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