O candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos, morreu na cidade de Santos (SP), na queda de um avião que partiu do Rio de Janeiro (RJ) e seguia para o Guarujá (SP). Havia sete pessoas na aeronave. Nenhuma sobreviveu. Além de Eduardo, estavam no voo o assessor Pedro Valadares, o assessor de imprensa Carlos Augusto Percol, o cinegrafista Marcelo Lira, o fotógrafo Alexandre Severo e os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha.
Candidata a vice de Eduardo, a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva (PSB) não estava no avião, assim como a esposa do político, Renata, e seu filho mais novo, Miguel, de apenas cinco meses de idade.
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O comando da Aeronáutica divulgou que a aeronave Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, caiu por volta das 10 horas. O avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio, com destino ao Guarujá, onde ele tinha compromisso de campanha.
A aeronave arremeteu, devido ao mau tempo, quando se preparava para pousar. Desde então, o controle de tráfego aéreo perdeu o contato com o avião. O Corpo de Bombeiros ainda não confirmou se há sobreviventes nem o número de feridos.
Trajetória
Durante 11 anos, Eduardo Campos esteve alinhado com o governo petista. Mas acabou deixando a base aliada por conta da disputa pelo Palácio do Planalto contra a presidenta da República Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.
Eduardo foi deputado estadual (1991-1995) e federal (1995-1999, 1999-2003, 2003-2007). Tirou licenças durante os mandatos para ocupar os cargos de secretário de Governo (1995-1996) e da Fazenda (1996-1998) de Pernambuco. Foi ministro de Ciência e Tecnologia (2004-2005). Formado em economia, ele foi filiado ao PMDB de 1983 a 1990 e estava no PSB desde 1990.
Neto de Miguel Arraes, que foi governador de Pernambuco, filho de Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), e pai de cinco filhos, o presidenciável assumiu o cargo de governador de Pernambuco, a partir de 2007. Deixou o posto em abril deste ano para se candidatar ao Planalto.
Em junho último, em aliança com PHS, PRP, PPS, PPL e PSL, o PSB oficializou a chapa com Eduardo e de Marina Silva. Ele vinha aparecendo em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.
No Congresso
Em pesquisa do departamento intersindical de assessoria parlamentar (Diap), Eduardo Campos figurou na lista dos “cabeças do Congresso” em 1999, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2006. Quando parlamentar, apresentou projetos para garantir seguro-desemprego aos trabalhadores rurais, instituir bolsa-talento para alunos no esporte e até reconhecer o exercício da atividade profissional de grafologia.
Eduardo Campos foi um dos premiados na primeira edição do Prêmio Congresso em Foco. Foi indicado pelos jornalistas como um dos melhores parlamentares daquele ano. Não ficou entre os mais votados, mas, por ter sido indicado, foi premiado.
Seu avô Miguel Arraes morreu também em um 13 de agosto, em 2005, aos 88 anos.
Atualizada às 17h10
Revista classifica Eduardo Campos como “candidato anfíbio”
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