O deputado Moroni Torgan (PFL-CE) recomendou a cassação do mandato do colega Vadão Gomes (PP-SP), acusado de receber R$ 3,7 milhões, em espécie, do empresário Marcos Valério de Souza. O parecer de Torgan foi lido há pouco na reunião do Conselho de Ética da Câmara.
Vadão teria recebido o dinheiro nos dias 5 de julho e 16 de agosto de 2004, em um hotel em São Paulo. O deputado, contudo, nega as denúncias e garante que nem esteve na capital paulista nessas datas. Vadão enviou ao relator as rotas de vôo de seu avião particular, mostrando que em 5 de julho, ele teria estado em Itarumã (GO) e, em 16 de agosto, em Mineiros (GO), onde tem um frigorífico.
Moroni Torgan, no entanto, rejeitou as justificativas de Vadão, ressaltando que “nem sempre onde está o avião, o deputado está".
Torgan lembrou ainda que Vadão esteve em São Paulo em datas próximas às citadas por Valério e pelo ex-tesoreiro do PT Delúbio Soares. Torgan confirmou com um hotel da capital paulista a hospedagem de Vadão nos dias 22 e 23 de julho e 30 e 31 de agosto.
Ainda segundo o relator, as duas testemunhas ouvidas – Delúbio e Valério – relataram o mesmo fato, enquanto o acusado apresentou uma versão distinta. "Todas as denúncias que envolveram Marcos Valério e Delúbio foram comprovadas", justificou Torgan.
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