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Os requerimentos de quebra de sigilo chegaram ao Supremo no dia 7 de maio, e foram acatados por Teori na última quinta-feira (14). Além do senador, o ministro autorizou a quebra de segredo de contas correntes de empresas e investigados de envolvimento nos crimes descobertos pela Lava Jato. Entre eles está o ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC), que terá movimentação bancária devassada no período compreendido entre janeiro de 2009 e janeiro de 2012. Segundo Youssef, o ex-congressista integrava um grupo de parlamentares do PP responsável pela “operacionalização” do esquema de corrupção de maneira “estável e perene”.
As complicações de Collor com a Lava Jato são reportadas pelo Congresso em Foco desde agosto do ano passado – em 6 de março deste ano, ele passou a integrar a lista de investigados no Supremo, por recomendação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Como este site adiantou naquele mês de 2014, a suspeita sobre Collor foi remetida ao STF pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos em primeira instância, depois de a Polícia Federal ter identificado comprovantes bancários com depósitos feitos por Youssef, no valor de R$ 50 mil, na conta do senador. Segundo a PF, o repasse foi dividido em oito depósitos em espécie: R$ 1.500, R$ 9 mil, R$ 1.500, R$ 9 mil, R$ 8 mil, R$ 9 mil, R$ 8 mil e R$ 4 mil.
Além dessa acusação, o senador é suspeito de ter recebido R$ 3 milhões em propina por negócio firmado com uma subsidiária da Petrobras. Na noite de terça-feira (12), ele ajuizou quatro representações contra Janot, por crime de responsabilidade, com pedido de impeachment do procurador. Nas representações, Collor acusa Janot de selecionar “como bem entende” os políticos a serem investigados, de abuso de poder, autopromoção e desperdício de dinheiro público.
Collor, que evita falar com a imprensa sobre o assunto, têm negado qualquer tipo de envolvimento com os desvios na petrolífera. “Estou novamente pronto para enfrentar e provar que nada tenho a ver com esse esquema criminoso”, registrou, em sua conta no Facebook. Em 23 de março, o senador já havia se defendido, em discurso na tribuna do Senado, das acusações. Na ocasião, criticou o que diz considerar excessos da PGR.
“[…] a grande verdade é que, sob a inspiração de Oscar Wilde, que disse ‘os outros são realmente terríveis; a única sociedade possível é a de nós mesmos’, setores do Ministério Público tentam se autoconstituir como mais um Poder da República. Seu chefe se considera um arremedo de presidente da República, e parte de seus subprocuradores, arremedos de ministros de Estado”, discursou, referindo-se a Janot e seus colegas de PGR.
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