O ministro dos Esportes, Orlando Silva, disse há pouco na reunião da CPI dos Cartões Corporativos que pedirá o ressarcimento do dinheiro que devolveu aos cofres públicos. Em fevereiro, Orlando anunciou que devolveu R$ 34.378,37 à Conta Única da União, após ter sido acusado de irregularidades no uso do cartão corporativo. Orlando Silva afirmou que solicitará a devolução de "cada centavo" do dinheiro caso a Controladoria Geral da União (CGU) confirme que os gastos foram legais.
O ministro admitiu que devolveu o dinheiro para criar um fato político e poder se defender das acusações. "Foi uma atitude política, um gesto político, que refletiu a minha indignação. O meu patrimônio é minha família e minha história política. Não poderia tolerar ataques à minha honra, minha ética", enfatizou.
Tapioca cara
O deputado Indio da Costa (DEM-RJ) provocou Orlando Silva ao dizer que o ministro foi obrigado a devolver os 30 mil por conta do gasto da tapioca; segundo o deputado a iguaria teria saído "cara" demais para o ministro. Henrique Fontana, líder do governo na Câmara, rebateu que a brincadeira era de mal gosto e que o governo tem orgulho do trabalho do ministro.
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O deputado Vic Pires afirmou que o ministro estaria sendo "fritado" pelo governo, para preservar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ele disse que se fosse Orlando Silva "mandava este governo para o raio que o parta".
"A única cortesia que o governo fez com o senhor foi transformar a convocação em convite. O senhor não foi para o olho da rua porque pagou os 35 mil", afirmou. O ministro respondeu que a prestação de contas era sua obrigação e que milhões de brasileiros gostariam de servir ao governo.
Apesar das provocações, os oposicionistas elogiaram o depoimento do ministro, dizendo que as declarações foram esclarecedoras. (Rodolfo Torres)
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