O ministro de Relações Institucionais, Jaques Wagner, disse nesta quinta-feira que o fim da verticalização agradou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Wagner disse que Lula “nunca foi simpático” à verticalização, regra que obriga a repetição, nos estados, das alianças feitas nas eleições presidenciais.
Segundo o ministro, o presidente sempre entendeu que os partidos devem se coligar por uma “confluência de idéias, e não por imposição”. Wagner também admitiu que o fim da verticalização facilita as negociações de Lula com os partidos, embora tenha ressaltado que o presidente ainda não anunciou oficialmente sua candidatura à reeleição.
O ministro disse que Lula vai conversar com todos os partidos aliados, mas observou que é preciso esperar para ver se o Supremo Tribunal Federal (STF) irá se pronunciar ou não sobre o assunto. “O presidente está muito seguro e tranqüilo, e tem dito isso aos seus interlocutores. Ele vai conversar com todos os partidos e tem insistido em dizer que, quando se trata de construir um projeto político, quem esteja do nosso lado, que esteja por convicção”, afirmou.
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Apesar do governo ter trabalhado pelo fim da verticalização, Wagner disse que, para ele, ter ou não o dispositivo muda pouco as negociações dos partidos. “Muita gente acha que muda da água para o vinho não tendo a verticalização. Não acho. Se houvesse verticalização, 80% ou mais dos partidos não teriam coligações nacionais e as negociações regionais se dariam de qualquer forma”, argumentou.
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