Walfrido dos Mares Guia, ministro das Relações Institucionais, defendeu hoje (6) a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), acusada de não contornar a crise aérea, por uma gestão técnica ineficiente.
De acordo com a Folha Online, o ministro disse que o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, conhece a aviação civil a ponto de poder debater com qualquer pessoa, além de ser “um engenheiro experimentado”. O diretor Josef Barat, de acordo com Mares Guia, é “PhD em aviação” e Jorge Veloso foi coordenador do Departamento de Aviação Civl (DAC). Já o diretor Leur Lomanto, ex-deputado federal e relator do projeto que cria a Agência Nacional de Aviação Civil, “tem condição de dar uma contribuição”, segundo Walfrido.
Quanto à diretora Denise Abreu, acusada pelo ex-presidente da Infraero José Carlos Pereira de "favorecer amigos", o ministro das Relações Institucionais afirmou que ela é “uma advogada que teve experiência na área também”. Contudo, apesar de defender a diretoria, o ministro afirmou que o governo está cobrando e que muitas das medidas tomadas agora já poderiam ter sido antecipadas.
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Mudanças nas regras
Walfrido se diz favorável à mudança de regra das agências reguladoras. “Temos que discutir isso no Congresso Nacional e com a sociedade civil. O conceito da agência é que ela não seja um órgão do governo, mas ela não pode desconhecer que existe um governo eleito”.
Walfrido disse ser favorável a mudanças nas regras das agências reguladoras. O ministro afirmou que apóia as discussões sobre o projeto de lei que unifica as regras de mandato das agências reguladoras, em tramitação no Congresso Nacional. Nessa nova discussão é possível que haja um arejamento nessa comunicação do governo com as agências de tal maneira que os ministérios tenham também sua palavra ouvida", disse.
O ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, disse que Nelson Jobim, da Defesa, tem o total apoio do Governo Federal.
Mais defesas
Walfrido também defendeu a indicação de Luiz Paulo Conde, atual secretário de Cultura do Rio de Janeiro, à presidência de Furnas. De acordo com o ministro das Relações Institucionais, Conde, que já foi vice-governador, prefeito do Rio de Janeiro, secretário de Meio Ambiente e de Cultura, “é um político polivalente. Ficou cinco meses com o nome apresentado e não houve alguém que pudesse dizer nada contra ele.”
Para o ministro, mesmo sendo político, Conde seguirá todas as normas previstas na política energética do país e a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Furnas tem milhares de técnicos, milhares de engenheiros. O presidente não chega lá e faz o que quer, não. Ele tem as prerrogativas que um cidadão brasileiro pode ter para ser o presidente. Ele não poderia talvez ser o diretor de distribuição ou o diretor de construção, já que ele não é um especialista na área, mas ele tem todas as condições de ser presidente da empresa", afirmou Walfrido. (Ana Paula Siqueira)
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