O ministro da Justiça, Torquato Jardim, criticou a Segurança Pública do Rio de Janeiro e apontou ligação de autoridades do Rio e comandantes da PM com o crime organizado. As declarações de Torquato foram dadas em entrevista ao jornal O Globo, publicada na manhã quarta-feira (1º). Após declarações ao site UOL, no qual fez menções ao tema, o ministro sofreu duras críticas do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, de deputados estaduais e do comando da PM. Diante da reação, ele desafiou as autoridades a provarem que sua fala está errada, além rebater declarações do governador.
“Lamento a repercussão e extensão que teve [as declarações feitas ao site UOL]. Fiz uma crítica institucional pessoal. Mas se estou errado, que me provem”, provocou. Para Torquato, a “própria história da instituição” aponta a ligação do comando da PM com o crime organizado. “Em algum momento, este ano, de uma única vez, foram presos 93 policiais de um batalhão em São Gonçalo. Alguns dias mais tarde, mais alguns. E qual foi a consequência disso? A polícia tem que revelar, tem que contar. (Tem) a questão de vazamento de informações”, apontou na entrevista.
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No entanto, de acordo com ele, a investigação da corporação não é de responsabilidade da autoridade federal, mas da Corregedoria da própria Polícia Militar local. Para Torquato, há toda uma linha de comando que precisa ser investigada.”Nós temos informação: R$ 10 milhões por semana na Rocinha com gato de energia elétrica, tv a cabo, controle da distribuição de gás e o narcotráfico. Em um espaço geográfico pequeno. Você tem um batalhão, uma UPP lá. Como aquilo tudo acontece sem conhecimento das autoridades?”, questionou o ministro, que associou o caso a uma possível autorização “informal” e fez menção ao filme brasileiro de ficção Tropa de Elite.”Em algum lugar, voltamos à Tropa de Elite 1 e 2″.
Sobre as críticas do governador do Rio, o ministro afirmou ter dito apenas sua opinião e disse ter conversado com as autoridades locais, em mais de uma reunião. Torquato contestou a negativa de pezão, de que não teria conversado sobre o assunto com o ministro: “Eu tenho melhor memória”.
Questionado pela jornalista Renata Mariz sobre políticos do Rio que querem que ele apresente nomes sobre a conexão entre deputados, crime organizado e a polícia, Torquato disse que a questão não é apontar nomes. “No mapa eleitoral do Rio de Janeiro, você tem cerca de 840 zonas mais perigosas onde moram um milhão de cariocas. Pelos dados oficiais, você sabe quem são os mais bem votados. E isso está sendo estudado pelo TSE com a participação do Ministério da Justiça, do GSI, da Defesa, da Abin e da PF”, disse ao site.
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Não me agrada concordar com o Ministro da Justiça, entretanto, o estado crítico e terminal da segurança pública do Rio de Janeiro não deixa dúvida de que ele tem razão, infelizmente. Como carioca posso dizer, sem medo de errar, que vivemos no Estado mais perigoso de toda Federação, não pelo que dizem os números estatísticos e sim a verdade das ruas. Por óbvio que há pessoas com sangue policial na PM fluminense, mas é totalmente impossível que o comando não esteja intimamente envolvido com toda série de ilicitudes, dada a magnitude do sucesso do criminosos.
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Que declaração infeliz do ministro da Justiça e Segurança Pública Torquato Jardim sobre a Polícia Militar do Rio de Janeiro, ele falou que comandantes de batalhões “são sócios do crime organizado no Rio”. Na situação complicada que o Rio de Janeiro anda na segurança, vem este ministro sem sabedoria nenhum e fala essa aberra sobre a Polícia Militar do estado. E ele ainda não satisfeito falou que o governador Pezão e o secretário de Segurança, Roberto Sá, “não controlam a Polícia Militar”. Aí a gente vê porque o país se encontra nessa situação degradante que nós estamos vendo, quem deveria dar exemplo, como um ministro de estado, não, são os primeiros a darem maus exemplos. Ele ainda falou que a morte do coronel Luiz Gustavo Teixeira, assassinado no Méier em um assalto no dia 26 (10), foi “acerto de contas”. Agora para ele dar essa declaração é porque ela sabe de alguma coisa, e se ele sabe de alguma coisa por que ele como ministro da Justiça não manda investigar. Se tudo que ele falou for mentira o mínimo que o presidente Michel Temer deveria fazer é destitui-lo do cargo.
Sr. Ministro, tem total e absoluto apoio da sociedade nesse assunto. Para surpresa nossa está sobrando para o Poder Judiciário botar a casa em ordem, pois graças a essas leis boazinhas quando não medíocres produzidas por esses políticos ou melhor: politiqueiros filiados a uma quadrilha sob a sigla de partido. Soma-se a isto, uma maioria de votantes corruptos ou ignorantes do que é uma democracia e principalmente cidadania. Estamos longe, mas muito longe de uma democracia de verdade. Lamentável. Em tempo: o crime organizado é imperdoável, se alguém está atrapalhando seus negócios simplesmente acaba acontecendo um “acidente” e esse estorvo não incomodará mais. Fique esperto.