O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ainda não prestou depoimento à Polícia Federal sobre o seu envolvimento na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo. Especula-se que o inquérito só não ficou pronto por causa da recusa do ministro em depor espontaneamente. A quebra do sigilo do caseiro ocasionou a demissão de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda e de Jorge Mattoso da presidência da Caixa Econômica Federal.
O inquérito, que está atrasado há dois meses, está incompleto. Ainda existem alguns pontos obscuros que o Ministério Público Federal terá que esclarecer. Um deles é a participação de dois assessores de Bastos na violação da conta – Cláudio Alencar, chefe de gabinete, e Daniel Goldberg, secretário de Direito Econômico.
O ministro da Justiça declarou, por meio de sua assessoria, que nunca recebeu pedido da PF para depor e, se isso ocorrer, irá sem problema. Também disse que já enviou ao delegado Rodrigo Carneiro Gomes, encarregado do inquérito, uma cópia do depoimento que prestou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
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