Eduardo Militão
O detalhamento do corte de R$ 50,1 bilhões no orçamento, anunciado nesta segunda-feira (28), mostra que só o Ministério das Cidades perderá R$ 8,5 bilhões recursos. Responsável pelas obras de saneamento básico e urbanização, a pasta vai deixar de ter um orçamento de R$ 21 bilhões e vai ficar com apenas R$ 12,5 bilhões. Comandado pelo deputado licenciado Mário Negromonte (PP-BA), o Ministério das Cidades é um dos preferidos dos parlamentares para direcionamento de emendas.
O governo ainda anunciou que haverá cortes no programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, que perderá R$ 5 bilhões. “Ainda assim, o orçamento do programa para este ano está R$ 1 bilhão maior do que ocorreu no ano passado, quando houve a maior parte das contratações do Minha Casa”, afirmou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, segundo a Folha.com. “Não cortamos nenhum centavo dos investimentos do PAC nem dos gastos com programas sociais.”
O segundo ministério que mais vai perder recursos é o da Defesa. Serão R$ 4,4 bilhões a menos, o que deve impedir os planos do ministro Nelson Jobim de concluir a compra de novos veículos militares, como caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) e submarinos para a Marinha.
As pastas da Educação (R$ 3,01 bilhões), Turismo (R$ 3 bilhões), Transportes (R$ 2,4 bilhões), Integração Nacional (R$ 1,8 bilhão), Justiça (R$ 1,5 bilhão), Esporte (R$ 1,5 bilhão) e Agricultura (R$ 1,4 bilhão) seguem como as que mais tiveram cortes.
Além de Cidades, Turismo e Esporte, o Ministério da Cultura foi outro alvo preferencial de emendas parlamentares que sofreu com os cortes. O orçamento da pasta baixou 60%. Caiu de R$ 1,3 bilhão para R$ 529 milhões.
Leia também
Deixe um comentário