O ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou na manhã desta sexta-feira (22) que vai atender ao pedido do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, para enviar efetivo do Exército para o cerco à favela da Rocinha, que deve ter início no meio desta tarde, a partir das 15h. O anúncio desta manhã era de que 700 homens da Polícia do Exército seriam enviados para a maior favela da América Latina, mas o ministro resolveu aumentar esse número para 950 no início da tarde.
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Após reunir-se com o presidente Michel Temer, Jungmann anunciou, pelo Twitter que o efetivo será ampliado. “O efetivo das três FAs na operação sobe, nesse momento, de 700 para 950. E dez blindados estão se deslocando para lá”, escreveu o ministro.
Jungmann também afirmou que a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o recebeu em reunião nesta manhã e irá analisar o pedido de criar uma força-tarefa dedicada ao Rio. “Ela nos recebeu muito bem e vai analisar”, afirmou, também pelo Twitter.
O efetivo enviado para aumentar as forças de segurança fará um cerco à Rocinha. Há dias, a comunidade sofre com tiroteios entre polícia e traficantes. Na manhã de hoje, na quinta operação do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio em cinco dias, um intenso tiroteio fez com que a estrada Lagoa-Barra, que liga a zona sul à zona oeste da cidade do Rio, fosse fechada por pelo menos quatro horas.
O pedido de reforço do Exército partiu do governador Pezão e do secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, que disse que, desde domingo (17), as polícias Civil e Militar monitoram a situação na comunidade. Naquele dia, a Rocinha foi invadida por criminosos ligados a Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico na Rocinha. Segundo a polícia, os bandidos invadiram a comunidade a mando de Nem, que está preso em Rondônia desde 2011.
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