Renata Camargo
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, adiou nesta terça-feira (9) a audiência pública em que explicaria sua participação na Marcha da Maconha, realizada no Rio de Janeiro, no dia 9 de maio. De acordo com sua assessoria, por motivos de agenda o ministro precisou cancelar a oitiva. Na tarde de hoje, às 15h, Minc dará uma coletiva para falar sobre ações judiciais contra desmatadores.
A audiência pública na Câmara foi convocada pelos membros da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, que querem esclarecer se a participação do ministro no evento configura apologia ao crime. Segundo informações da comissão, a presença do ministro foi confirmada para a próxima terça-feira (16).
O autor do requerimento de convite do ministro, o deputado Laerte Bessa (PMDB-DF) avalia que “o ministro, ao pregar a liberalização da maconha, acaba por fazer propaganda genérica que induz a utilização de drogas, configurando apologia ao crime”.
Durante sua participação na Marcha da Maconha, no Rio, Minc declarou à imprensa que “a guerra das drogas mata mais do que a overdose” e que “só a hipocrisia não vê isso”. O ministro do Meio Ambiente disse ainda que “grande parte da violência que sofremos é por causa do tráfico” e que “o usuário [de maconha] não pode ser tratado como criminoso”.
No último dia 26, após participação em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado, Minc disse que não via problemas em comparecer à Comissão de Segurança da Câmara para dar esclarecimentos. Na ocasião, o ministro criticou a atual política antidrogas do país.
“Alguns dos traficantes de maconha ficam muito bem contemplados com a atual política, que dá a eles o monopólio da venda dessa droga. Com isso, aumenta o poder militar e corruptor dos traficantes”, ressaltou o ministro.
ASSISTA O VÍDEO DO MINISTRO MINC NA MARCHA DA MACONHA
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