Antônio Cruz/ABr
Patrimônio declarado ao TSE: R$ 2.293.645,53.
Valor da receita declarada em 2006: R$ 705.577,04.
Principais doadores da campanha: AIB Associação Imobiliária Brasileira, Banco Panamericano S.A., Bolsa de Mercadorias & Futuros, Brasif S/A Importação e Exportação, Construções e Comércio Camargo Correa S.A., Construtora Norberto Odebrecht S.A., Construtora Passarelli Ltda., Dedini S/A Industrias de Base, Eximport Indústria e Comércio Ltda., G.F.H. Empreendimentos e Participações Ltda., IBS Instituto Brasileiro de Siderurgia, JHS Incorporadora Ltda., Morlan S.A., Paraíso Bioenergia Ltda., Sucocitrico Cutrale Ltda., Suzano Bahia Sul Papel e Celulose S.A., Transportes Lauro Veronezi Ltda.
Processos: responde ao Inquérito 2747, por crimes contra o meio ambiente e o patrimônio genético.
Quem é
Ser o escolhido do governo nem sempre traz coisas boas. Afinal, ser o favorito na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados também transforma o candidato em um pára-raios de críticas. Mas, aos 68 anos, Michel Temer já está acostumado, pois não é a primeira nem a segunda vez que passa por esse processo.
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Michel Miguel Elias Temer Lulia é o presidente do PMDB há sete anos e deputado federal em sexto mandato. Foi presidente da Câmara dos Deputados por dois biênios, entre 1997 e 2001. Como presidente da Câmara, Temer manteve o PMDB na base de sustentação do governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002).
Em 2002, costurou o apoio do PMDB à candidatura tucana de José Serra à presidência da República, ao emplacar a indicação da deputada Rita Camata (PMDB) como candidata a vice-presidente. Após a vitória de Lula, participou das negociações que resultaram na entrada do PMDB no governo, com a crescente ocupação de ministérios.
Em 2005, articulou a adesão da bancada peemedebista na Câmara à candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Casa em troca do apoio dos petistas ao PMDB este ano. Considerado favorito à disputa, Temer espera contar com votos de pelo menos 14 partidos: PMDB, PT, PSDB,DEM, PR, PDT, PTB, PV, PPS, PSC, PHS, PTdoB, PTC e PRB.
Essas legendas assinaram esta semana um manifesto reafirmando seu apoio ao nome do deputado paulista. No texto, os líderes partidários sustentam que o peemedebista “não é o candidato de um partido, mas da instituição” (leia mais).
Mas não é isso o que pensam seus adversários, Ciro Nogueira (PP-PI) e Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que o acusam de representar os interesses dos caciques partidários e de barganhar apoio ao governo em troca de cargos no Executivo.
Hoje aliado do governo Lula, já esteve ao lado do ex-presidente Fernando Henrique, do governador José Serra e dos ex-governadores de São Paulo Orestes Quércia e Luiz Antônio Fleury Filho, do qual foi secretário de Segurança, meses após o massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos. Foi a segunda vez que ele ocupou a pasta, a primeira havia sido no governo Franco Motoro, no início dos anos 80.
Aliados vêem Temer como um moderado, que consegue transitar dos conservadores aos mais radicais, passando pelos indecisos, do PMDB. Eles apontam que, se não fosse assim, o peemedebista não estaria no comando da sigla há sete anos.
O peemedebista começou sua carreira política na década de 1960, como oficial de gabinete de Ataliba Nogueira, secretário de Educação no segundo governo de Adhemar de Barros em São Paulo. Eleito deputado federal pela primeira vez em 1986, Temer participou da Assembléia Constituinte.
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