A assembleia dos metroviários decidiu na tarde de hoje (8) manter a paralisação da categoria na capital paulista, contrariando decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo que determinou, mais cedo, o fim da greve. A paralisação do Metrô já dura quatro dias e foi considerada abusiva pelo TRT.
Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do sindicato da categoria, disse que a proposta oferecida pelo governo estadual, a mesma da Justiça – 8,7% de aumento sobre os salários em 30 abril deste ano, que considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além de 3,5% de aumento real – é insuficiente. O sindicato vai recorrer da decisão proferida hoje pelo TRT.
Os metroviários marcaram uma manifestação para as 7h de amanhã (9), partindo da Estação Ana Rosa do Metrô, na zona sul, em direção ao centro da cidade. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do Movimento Passe Livre (MPL) e das centrais sindicais devem participar do ato. Os empregados do Metrô prometem também fazer piquetes nas estações. Segundo o sindicato, uma nova assembleia da categoria foi marcada para amanhã, às 13h.
Altino disse ainda que o sindicato não tem intenção de prejudicar a Copa do Mundo – a abertura do evento ocorre daqui quatro dias na capital paulista. “O sindicato não quer acabar com a Copa. Sou torcedor de futebol e vou torcer pelo Brasil. Mas tem que ter dinheiro também para o trabalhador, não pode gastar só com o Itaquerão, só com grandes obras”, declarou.
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O presidente do sindicato comentou ainda sobre a possibilidade de demissões. “Se tiver demissão, a situação vai piorar, porque nós vamos aumentar a greve. Se demitir vamos ficar mais dias em greve. Eu espero que a gente volte amanhã. Se o governador buscar uma negociação, a gente sai desse impasse”, disse ele.
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