O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse há pouco que, pela primeira vez desde a implantação do regime de metas de inflação, em 1999, o Brasil conseguiu encerrar o ano passado com expectativa de inflação estabelecida pelo mercado para os dois anos seguintes “firmemente ancoradas nas metas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional”. Assim, tanto o governo quanto os agentes do mercado esperam que em 2006 e em 2007 a inflação medida pelo IPCA não ultrapasse 4,5% ao ano.
Meirelles destacou que a inflação tem sido mais alta para as classes mais altas. Ele lembrou que, enquanto o IPCA (que mede a inflação em 11 regiões metropolitanas para pessoas com renda de 1 a 40 salários mínimos) atingiu 5,7%, o INPC (que só considera pessoas com renda até 8 salários mínimos) ficou em 5,1%.
O presidente do BC explicou que isso se deveu à queda dos preços de alimentos, o que favorece mais às famílias de baixa renda. Ele destacou também o crescimento do saldo da balança comercial – total das exportações menos as importações. Meirelles disse que esse saldo, que era praticamente nulo em 2000, alcançou 44,8 bilhões de dólares (pouco mais de R$ 103 bilhões) no ano passado.
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Meirelles discute a situação econômica do País no plenário 2 da Câmara, em reunião promovida pela Comissão Mista de Orçamento, em conjunto com as comissões de Finanças e Tributação; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara; e com as comissões de Assuntos Econômicos; e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado.
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