Acusado de ficar com 40% do salário de seus funcionários, o senador Geraldo Mesquita Júnior (PSOL-AC) partiu para o ataque hoje à tarde. Afirmou, em discurso da tribuna do Senado, que a funcionária de seu escritório político em Sena Madureira (AC), Maria das Dores Siqueira da Silva, é quem seria a responsável pelo recebimento de mensalinho.
Gravações telefônicas publicadas sexta-feira pelo Jornal do Brasil revelam que Mesquita Júnior cobrava mensalinho de seus funcionários. Na reportagem, três conversas telefônicas entre Maria das Dores, conhecida como Dóris, e Paulo dos Santos Freire revelam esses acertos.
Embora tenha admitido ao JB, o acordo ilegal com os servidores, o senador acreano recuou hoje. Disse que conversou com Dóris após a veiculação da reportagem e ouviu dela a confissão do esquema. No discurso, afirmou não ter pedido parte do salário de seus funcionários. “Não pedi, não impus, não recomendei, e nunca utilizei a prática de que sou acusado. Se o fizesse, seria indigno não só de meu mandato e de minha profissão, como também da confiança de meus conterrâneos e de minha família”, afirmou.
Leia também
O senador também atribuiu à assessoria de comunicação do governo petista do Acre a responsabilidade pelas denúncias contra ele. Contudo, foi prontamente rebatido pelos senadores do PT acreano Siba Machado e Tião Viana, irmão do governador Jorge Viana. Mesquita Junior colocou à disposição dos senadores sigilo bancário para tentar provar que os recursos dos funcionários não eram transferidos para sua conta.
Deixe um comentário