A Mesa Diretora do Senado decidirá hoje se aceita ou não a 6ª representação contra o presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). O novo pedido de abertura de processo de quebra de decoro parlamentar foi protocolado pelo Psol na semana passada e é baseado nas denúncias de que Renan teria proposto uma emenda que favoreceu uma empresa fantasma em nome de seu ex-assessor.
Mesmo com a licença médica solicitada ontem pelo senador (leia mais), os processos contra ele continuam com tramitação normal. Das outras cinco representações já aceitas pela Mesa e encaminhadas ao Conselho de Ética, uma foi julgada em Plenário, três têm relator definido e uma aguarda a indicação de quem elaborará seu parecer.
Nos processos que estão no Conselho de Ética, Renan é acusado de favorecer a cervejaria Schincariol junto ao INSS; de usar laranjas para comprar empresas de comunicação em Alagoas; de ser beneficiário de um esquema de desvio de verbas em ministérios comandados pelo PMDB e de pedir a um assessor, posteriormente exonerado, para espionar senadores da oposição.
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Mensalão mineiro
Também hoje, a Mesa Diretora definirá os rumos da representação protocolada contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Ele é acusado de ser beneficiário do chamado “mensalão mineiro”, esquema que teria ocorrido durante as eleições para o governo de Minas Gerais, em 1998, e no qual, de acordo com a Polícia Federal, foram desviados R$ 100 milhões. A denúncia já está sendo investigada pelo Supremo Tribunal Federal.
A reunião da Mesa está prevista para começar às 11h. (Soraia Costa)
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